“Arthur & George”, de Julian Barnes

—Deste escritor britânico, já li “Inglaterra, Inglaterra” (1998) e “Amor & Etc” (2000). Nenhum deles me entusiasmou muito. O mesmo aconteceu com este “Arthur & George”, finalista do Booker Prize de 2005.

O Arthur deste livro não outro senão o famoso oftalmologista Arthur Conan Doyle que, já depois de ser famoso como autor dos romances de Sherlock Holmes, se interessa pelo caso de George Edalji, um solicitador indiano, falsamente acusado de estropiar cavalos e preso por isso.

Durante anos, Arthur tinha humilhado a polícia britânica, através de Sherlock Holmes e, agora, tinha a oportunidade de se armar, ele próprio em detective e de provar que George está inocente e que tudo não passou de incompetência da polícia. Ao mesmo tempo que esta história se vai desenrolando, vamos sabendo mais coisas sobre Conan Doyle: que a sua esposa Touie tem tuberculose e está acamada há anos, que Doyle está apaixonado por outra mulher, Jean, mas esperam 10 anos, até que Touie morra, para consumarem esse amor, que Doyle era um adepto fervoroso do espiritismo e que era contra o voto das mulheres, etc, etc. O livro acaba, assim, por ser uma espécie de biografia do outro Conan Doyle, para além de Sherlock Holmes.

Repito: não me entusiasmou muito…

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