Pí¨rez-Reverte é um escritor espanhol com algum interesse. Os seus livros “O Cemitério dos Barcos Sem Nome” (2000) e “A Rainha do Sul” (2002), são romances de aventuras bem conseguidos, cheios de peripécias, ao estilo de Alexandre Dumas. “A Tábua de Flandres” (1990), no entanto, não me pareceu tão interessante.
Muito menos este “O Hussardo”. Publicado em 1983, foi o primeiro romance de Pérez-Reverte. A edição que li é de 2004 e é uma revisão, feita pelo próprio autor e, como ele diz, numa nota introdutória, “aliviado de alguns advérbios e adjectivos desnecessários”.
Mesmo assim, pareceu-me um romance aborrecido. São páginas e páginas de descrições dos uniformes garbosos dos hussardos de Napoleão, das glórias que eles aguardam ao combater os andrajosos espanhóis e, depois, uma longa e fastidiosa descrição de uma batalha, que acaba em sangue, lama e morte.
O autor quer-nos mostrar como os jovens hussardos eram iludidos com a honra e a glória de pertencerem a um regimento tão garboso, servindo a França e o Imperador; depois, a realidade das batalhas era bem diferente, degradante e tenebrosa.
Não valia a pena escrever um livro por isto.
Uma obra extraordinária e de leitura obrigatória para todos os alunos das academias militares deste mundo! Já recomendei a dois amigos e continuarei a recomendar! Genial!
Francisco Leandro
Um livro único e imperdível! Extraordinário como não conseguiu extrair o mais importante dele. Faça a pergunta: Porque é que um escritor espanhol se propõe a mostrar o ponto de vista francês durante as Invasões Napoleónicas a Espanha???? Tem a resposta no brilhante final deste livro. Espectacular!!! Além disso, não é a descrição dos uniformes garbosos que merece ser lida, é sim a envolvência de afectos e sentimentos que os guerreiros têm entre si em alturas de combate e que este escritor descreve magistralmente. Se calhar deveria ler o livro outra vez…
Reverte tem dois fãs…
Pela primeira vez li um livro de Arturo Perez-Reverte e apaixonei-me perdidamente por este escritor! Recomendo o livro O Pintor de Batalhas que me foi oferecido como prenda de anos. Fiquei irremediavelmente presa ao enredo e dei comigo a tentar “conhecer” o homem através da fotografia no livro e a imaginar que, como reporter de guerra, tudo o que ele narra, são de facto vivências que de certeza marcaram o escritor que tenta passar para os seus leitores e admiradores tudo o que viveu.
“O Pintor de Batalhas” também já li e gostei. O meu comentário sobre esse livro está em http://www.coiso.net/?p=775
IcHHHHH! Quero conhecer este moço! Temos o mesmo sobrenome e adoro escrever o que a ninguém interessa no Brasil. Hasta!
Revert