Esta semana ficámos a saber que os juízes acham que a sexualidade, depois dos 50 anos, “…não tem a importância que assume em idades mais jovens, importância essa que vai diminuindo í medida que a idade avança”.
Esta máxima inacreditável é da autoria da juiz-conselheira Maria Fernanda Maçãs (58 anos) e dos seus dois colegas, Alberto Costa Reis (64 anos) e José Fonseca da Paz (66 anos), e faz parte de um acórdão do Supremo Tribunal Administrativo.
Em 1995, uma mulher, na altura com 55 anos, foi operada na Maternidade Alfredo da Costa a uma situação ginecológica que lhe provocava infecções de repetição. Na cirurgia, e por erro de técnica, terá sido cortado o nervo podendo e, desde então, a vida sexual dessa mulher deixou de ser o que era.
A primeira instância determinou uma indemnização de 175 mil euros, que a Maternidade teria que pagar í doente.
Quase 20 anos depois, o Supremo reduziu a indemnização para 111 mil euros, invocando a tal descoberta feita pelo trio de juízes e que consiste nisto: foder depois dos 50 já não tem grande importância.
A Dra. Maria Maçãs, o Dr. Costa Reis e o Dr. Fonseca da Paz devem saber do que falam…
Mandar umas quecas depois dos 50 é assim como lavar os pés – a posição é incómoda e o prazer é efémero.
Aos 60, já com uma barriguinha proeminente, os juízes devem lavar os pés uma vez por semana e, depois disso, uma vez por semestre deve ser o suficiente.
Depois de meditarem sobre o assunto, este trio maravilha deve ter pensado que era quase uma espécie de lenocínio ao contrário, estar a atribuir uma indemnização a uma mulher por não conseguir mandar pinocadas como antes.
E pensaram neles próprios: uma juíza com 58 anos e dois juízes com mais de 60. í“ colega, o sexo ainda lhe diz alguma coisa? Para falar francamente, o meu sexo nunca me disse nada! Eu bem olhei para ele anos a fio mas o tipo nunca me dirigiu a palavra! O que eu dava para ter uma pila que falasse! Bom, por volta dos 30 anos, a coisa até funcionava mais ou menos, mas agora… Pensando bem, já nem me lembro bem como era aos 30 anos! E orgasmos? Não se importa de repetir? Orgasmos, nunca soube o que isso era!… Vamos mas é baixar esta indemnização!… Se a senhora se quer divertir que vá ao cinema!
E vistas bem as coisas, os três juízes até foram magnânimos!
É que a queixosa, neste momento, tem mais de 70 anos e, nessa idade, ter relações sexuais até é capaz de ser punido por lei!
O mais grave nesta parvoíce de decisão, nem é a decisão em si, mas sim o facto de juízes emitirem um acórdão com base em opiniões própria e não na lei. Um juiz, que custa um balúrdio ao estado para se formar e é (como eles estão sempre a lembrar) um órgão de soberania, não pode decidir com base numa opinião pessoal, mas sim com base em factos e no que a lei diz!
E depois ainda querem um aumento no ordenado!