O novo livro de Roth (“Everyman”, no original) conta-nos a história de um homem qualquer, um homem no fim da vida, enfrentando a doença e a morte, a solidão e o sentido da vida (ou a sua ausência).
Depois do seu terceiro divórcio e depois de se reformar, este homem retira-se para a sua aldeia natal, para se dedicar í pintura e recordar os bons e maus momentos da sua vida. Em sete anos, é operado outras tantas vezes, devido a problemas cardiovasculares. Há sempre uma artéria que teima em ficar entupida, no momento em que ele acaba de recuperar do desentupimento anterior.
Uma certa tristeza perpassa por toda a história, mas também uma resignação, que não é muito habitual nos romances de Roth. A isto não deve ser alheio o facto de o próprio Roth estar, também, doente e ter a mesma idade que o protagonista do livro.
Enfrentando a morte por várias vezes, arrependido de muitas opções que fez ao longo da sua vida, o homem está sozinho, como muitos de nós. Resignado.
E Deus está ausente de tudo isto.
Li este livro e gostei … embora prefira outros do mesmo autor.
Gosto da escrita deste autor
Saudações