Foi o jornal The Independent que postulou que Bruno de Carvalho é o Donald Trump do futebol português (confirmar aqui).
Não é exagero.
Bruno e Donald têm tudo em comum.
São ambos empresários da construção civil: Trump construiu hotéis e casinos, Carvalho foi sócio gerente da “Bruno de Carvalho, Revestimentos, Soluções de Interior e Representações Comerciais” (confirmar aqui).
Ambos ganharam prémios importantes: Trump recebeu o Jewish National Fund’s Tree of Life Award for outstanding contributions to Israel-United States relations, em 1983, e Carvalho foi agraciado com o Prémio Personalidade do Ano Desporto, na XII Gala dos Prémios Mais Alentejo (2013).
Ambos têm companheiras loiras.
Ambos são isolacionistas: Trump quer tornar America great again, fechando as fronteiras aos refugiados, Carvalho quer que o Sporting volte a ser grande, fechando Alvalade aos adversários.
América contra o mundo; Sporting contra todos.
Ambos ganharam eleições com poucos votos: Trump teve menos 2 milhões de votos que Clinton; Carvalho teve 96% dos 18 mil votantes, o que corresponde a menos de 1% dos portugueses.
Mas há uma coisa que separa Trump de Carvalho, uma coisa que distingue Bruno de Donald e que faz com que ele seja único.
É que, como diz a sua biografia na wikipedia, Bruno de Carvalho é neto materno do irmão do almirante Pinheiro de Azevedo, o almirante sem medo.
E assim como Pinheiro de Azevedo, então primeiro ministro provisório, sequestrado por operários que exigiam a demissão do governo, gritou “Bardamerda para a democracia”, também Bruno de Carvalho, rodeado por adeptos e simpatizantes, teve a coragem de afirmar “Bardamerda para quem não é do Sporting”.
Disto Donald Trump não se pode gabar!
Para evitar revisionismos: Pinheiro de Azevedo, gritou “Bardamerda para o fascista!”. O que excluindo a “bardamerda”, vai uma grande distância para “…Bardamerda para a democracia”.