Alberto Luis – o prolixo

E assim, de repente, um Alberto Luís inundou-me de comentários. Habitualmente, não ligo. Democraticamente, apago-os. Foi o que fiz, aliás, mas guardei um, apenas para dar o tom.

Aqui vai:

«o crime que constitui todo um conjunto de leis avulsas que tem desde há uns tempos para cá tem propiciado e mais, incentivado a desertificação humana de todo o interior de Portugal; deste modo, e com uma postura dos portugueses nunca antes vista, políticos ignorantes, gestores danosos, decidiram à revelia de mais de oito séculos da nossa história, a destruição de usos, costumes, formas de ser e de pensar há muito enraizados no povo português. Desnorteados, espezinhados e agredidos no que têm de melhor, abandonam o país, fogem para as cidades, tornam-se verdadeiros treinadores de bancada, morrem, da mesma forma que pouco a pouco vemos morrer tantas aldeias, vilas e cidades de todo o interior português. Por S. Jorge que morremos aqui a ver fechar, todos os dias Escolas, Centros de Saúde, Maternidades sem nada podermos fazer. Cabe a cada um de nós saber exercer as suas funções de cidadania contra esta classe politiqueira escabrosa e incompetente, contra todos os adeptos da globalização, contra o novo riquismo rasca, e fundamentalmente contra todos aqueles que desistem de lutar mesmo antes da guerra estar perdida, pois que o pior ainda pertence ao futuro. Fiquem com esta: atenção aos meios de comunicação, transmitem uma doença incurável: a apatia generalizada. Defendo a luta diária e contínua contra os cabotinos e quejandos que alastram como fogo por pasto ressequido. Como, sabiamente, dizia a minha mãe: os lobos não se comem uns aos outros. É bem português viver a única vida que temos de cabeça levantada. Não posso compreender que todo um Povo se ajoelhe perante um tiranete compulsivo e rancoroso. Aonde estão os descendentes dos guerreiros que ajudaram Afonso Henriques na tomada de Lisboa, aonde param os guerreiros de Aljubarrota e os homens do mar quinhentistas que deram novos Mundos ao Mundo? Saiam das vossas tocas e enfrentem as novas muralhas e o novo mar que se a levanta mesmo á nossa frente, a cada segundo, a cada minuto e nos tolhe o avanço com golpes vis e cobardes, menosprezando o que há de mais sagrado na vida humana: viver em liberdade com dignidade. A qualquer preço, a lógica economicista sobrepõe-se á dignidade do ser humano com a pobreza e o desemprego a dispararem em flecha. Entretanto as classes mais favorecidas vivem numa escandalosa opulência, à revelia de todas as regras morais, menosprezando os princípios mais elementares de uma saudável convivência humana. Aonde Estás meu querido Jesus? Será que abandonas-te o homem á sua triste sina? Ao homem cabe refazer o caminho que certos indivíduos por ignorância ou por malvadez querem em muito pouco tempo destruir.»

Os restantes comentários do A.L. são do mesmo teor: extensos e multitudinários e, muito sinceramente, não sei por que razão A.L. quer partilhar comigo estes profundos pensamentos.

Acalme-se, Alberto Luís.

13 thoughts on “Alberto Luis – o prolixo

  1. Não seria de bom tom entrar aqui em polémicas! Para já, para que servem os blogs, não é para trocar ideias? Penso,deste modo, e cordialmente, ter respondido ás suas dúvidas.

  2. Bem, até eu que sou loura percebi: esse senhor está à procura de ajuda especializada. sabe que desse lado há um médico e “apresenta-se para a consulta”. No fundo ele anseia que lhe possas dar aqueles remédios, sabes? que fazem os homens maus ir embora, à noite? sabe sr doutor?

    ou isso…..ou então o AL nao existe e é a falta de nicotina a fazer das suas no teu cérebro

    desculpa, ese comment é parvo, mas como eu sei que nao é publicado imediatamente, nao faz tanto mal.
    boas festas para ti e para os teus. continuo assidua deste site. eduarda maria

  3. De tudo o que escrevi, retirou este extrato, que fora do seu contexto, perde algo da mensagem contida no meu texto.
    Penso que devia ter deixado os blogers fazerem os seus próprios juizos, em vez de de fazer seu, o papel que a eles cabia.
    Apesar de tudo, penso que estamos num pais democratico.

  4. Todo o meu apoio — volta Afonso Henriques, volta Bartolomeu Dias,volta Salazar — estão perdoados.
    Mais do que isso — são indispensáveis.

    E já agora, venham os outros comentários do Alberto Luis — são irresistíveis.

  5. Todas as ligações obedecem a regras mais precisas,do que somos tentados a acreitar numa primeira abordagem analítica,independente da questão que tenhamos em mente. Penso que a questão dos Sindicatos e do Terrorismo também podem ser vistos segundo esta lógica. Neste caso estamos perante um problema muito sério e ao mesmo tempo capaz de tirar o sono a qualquer humano bem intencionado. Sindicatos, à partida, sim, Terrorismo – não. O que torna a nossa concepçao dos Sindicatos, por vezes, positiva tem a ver com o facto de as pessoas, actualmente, se estarem a marinbar para tudo e para todos. Estamos a viver uma época de grandes transformações globais, aonde o homem não se sabe posicinar, tornando-se mais destruidor do que construtor.Neste aspecto o Terrorismo tem mais adeptos que o Sindicalismo,o que pode criar situações de consequências imprevisíveis. O homem deve ser capaz de se transcender a si próprio e tomar decisôes que exigem uma grande coragem e fundamentalmente uma grande lucidez. Estejamos atentos que os tempos assim o exigem(…) Alberto Luis.

  6. O homem deve ser capaz de se transcender a si próprio e tomar decisôes que exigem uma grande coragem, e fundamentalmente uma grande lucidez, infelizmente ,são poucos os políticos da nossa praça que, se encontram preparados para o que o Povo português deles espera.A maior parte, estão mais preparados para utilizarem “bem “os talheres e fazerem boa figura nas jantaradas das quais muitos saiem com valentes ” pifos ” e a ver camelos aonde nós,simples mortais,vemos apenas aglomerados de casas. Mas o que mais me intriga em toda esta palhaçada, é o facto de só pensarem em construir obras faraónicas, quando mais de 2 milhões de portugueses vivem em condições sub-humanas.Estejamos atentos que os tempos assim o exigem(…).A.L.

  7. Artur… se lhe der espaço o homem daqui a pouco escreve mais aqui do que você!! :-D

    Gosto particularmente do “Estejamos atentos que os tempos assim o exigem!”

    Temos profeta…

  8. “Pearls To Pigs”
    Artur diz que apagou 243 comentários.Pois aqui vai a verdade: apagou apenas 2.que já aí estão, outra vez! Reparou? Não. Todos temos as nossas limitações e você não é lá muito dado a grandes filosofias.A.L.

  9. O cidadão comum está cego, surdo e mudo. Aonde estão os jovens universitários de outras épocas? Estão todos a marimbar-se, para todo o género de asneiras a que os políticos nos habituaram. Os meios de comunicação estão ao serviço do governo, difundindo de uma forma dourada, o que não passa de tolices calamitosas.
    Porquê tanta discussão à volta da localização de um hipotético aeroporto! Quem é que nos garante que a Portela está esgotada lá para 2015? Aumentem a Portela e por favor gastem o dinheiro, do novo aeroporto, na Educação, em Hospitais, mas, por favor, não deixem os nossos filhos morrer a caminho das maternidades, dêem reformas, não esmolas a quem trabalhou arduamente durante uma vida inteira, acabem com os portugueses de primeira e os portugueses de vigésima quinta (refiro-me á questão dos salários). Não pensem apenas nos patrões…

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