Mais apelidos

Ora vamos lá começar o ano com alguns apelidos que andei a juntar nos últimos tempos.

O apelido Armando presta-se a grandes brincadeiras porque, no fundo, é uma forma verbal do verbo “armar”. Se Armando Vara já dá que pensar, que diremos do Armando Chotas?

Se fores pacifista, não quererás ter um Neto Guerreiro, mas não te importarás se for um Valente Leitão, um Valente Padeiro ou até um Raposo Valente. Se for neta, antes uma Cândida Clara do que uma Conceição Cagarelho.

Acontece com o apelido Mata, o que acontece com Armando – é uma forma verbal, neste caso, do verbo matar, o que permite conclusões como esta: Lima Mata. E o limão, perguntarão?

Quanto ao Camilo Realista, pouco poderá contra um Pinho Pinhal ou uma Faria Montes.

Mas há apelidos que apenas precisam de ser ditos, sem comentários: Mataloto Siquenique, Galhofa Zabumba, Batardino Tareco, Esperto Teixeira, Quina Couqinha,Violante Bailadeira, Rebocho Carapelho ou Cota Berrucho!

Mais apelidos

Ora tomem lá mais alguns apelidos dignos de antologia.

Podemos começar por alguém que, não sendo profissional, se chama Amador Pulguinha. Contradição em pessoa deve ser o Israel de Jesus e, sabendo que foi Abel quem matou Caim, que dizer de um Caim Turbulento?

Ignorando uma quase inverosímil Cristiana Ronalda, passamos ao reino dos peixes com um Valente Lampreia e um não menos surpreendente Bacalhau Pelúcia.

Posso garantir que não estou a inventar ao citar o Opinião da Silva e o Encontro da Silva e, se é verdade que a inteligência salva, que dizer do Astúcia Mata?

Se o Bastos Bate, por que fará o Bonito Durão?

A Felicidade Pesqueira pode ser natural, mas o Marinho Mouco, terá assim ficado (mouco) por ser familiar do Pilonas Mouco?

No entanto, nada supera a Grelixa Carapeta.