“Não se ignora que Dostoievsky, apesar do seu misticismo e fervor religioso, foi um dos deformadores da consciência do povo russo na preparação para o bolchevismo. O romance e o autor são bastante conhecidos entre as classes mais cultas do nosso país para ser necessária a sua tradução. As classes menos cultas, julgo não tirarem qualquer vantagem da sua leitura. Como a tradução deste romance (“Os Irmãos Karamazov”) implica a sua divulgação, entendo ser o mesmo de proibir”.
Esta foi a justificação para a proibição da edição, em Portugal, do famoso romance de Dostoievsky, no tempo de Salazar (citação extraída do livro “Proibido”, de António Costa Santos).
Viva o 25 de Abril!