Desta escritora espanhola, já tinha lido Instruções para Salvar o Mundo (2008) e A Ridícula Ideia de Não Voltar a Ver-te (2013), dois livros que me agradaram, sobretudo o segundo.
Este A Boa Sorte é uma história bem contada, embora não tenha nada de especial e de muito original.
Montero conta-nos a história de um arquitecto famoso e bem-sucedido que, fugindo de uma situação-limite, que vamos descobrindo ao longo do livro, decide mudar-se para uma localidade perdida de Espanha, comprando um apartamento miserável e começando a trabalhar num supermercado local. Conhece, então, uma sua vizinha, que também trabalha nesse supermercado e que tem ascendência romena. Ele já passou dos 50 anos e ela, Raluca, está quase com 40. Claro que acabam por se envolver, só que a tal situação-limite persegue o arquitecto e as coisas complicam-se.
A história está bem escrita, com a técnica dee capítulos curtos que te obrigam a não largar o livro e acabas por lê-lo em duas penadas.
Embora não traga nada de novo, aqui está um livro que te faz boa companhia.
A edição é da Porto Editora, com tradução de Helena Pitta; o design da capa é de Manuel Pessoa e não percebo por que raio tem a hemiface de uma rapariga; será que representa Raluca, que tem um olho artificial? No entanto, o protagonista é, sem dúvida, o arquitecto, portanto, fico sem perceber muito bem a intenção…