Mais um livro muito curioso desta escritora turco-britânica. Se “…A Bastarda de Istambul“ abordava o conflito entre turcos e arménios, neste “…A Ilha das írvores Desaparecidas”, o pano de fundo é o conflito entre gregos e turcos em Chipre.
A propósito de um amor (quase) impossível entre a turca Defne e o grego Kostas, a autora conta vários episódios relacionados com o conflito entre os turcos e os gregos que dividiu Chipre em dois.
Kostas é botânico e Shafak polvilha o livro com muitas curiosidades sobre árvores, plantas, aves e insectos. Graças a outra personagem, Meryem, ficamos a conhecer diversos usos e costumes do lado turco de Chipre, bem como inúmeros provérbios.
Outra curiosidade deste romance reside no facto de uma figueira ser também uma personagem, que ajuda a fazer avançar a história, como observadora do mundo que a rodeia, em particular do casal Defne-Kostas.
Finalmente, a filha do casal, Ada, que já nasceu na Grã-Bretanha, representa uma geração de imigrantes que nunca chegaram a conhecer o seu país de origem, mas que têm uma secreta curiosidade em saber mais coisas sobre ele.
Recomendo.