Desta escritora espanhola, só tinha lido Instruções para Salvar o Mundo (2008), livro que muito apreciei.
Devorei agora este livrinho de cerca de 150 páginas e há muito tempo que não lia nada que me enchesse tanto as medidas.
A partir de um pequeno diário escrito por Madame Curie, após a morte violenta e súbita de Pierre Curie, Rosa Montero fala sobre a sua própria experiência de perda, já que o seu companheiro de décadas, Pablo, morrera recentemente, vítima de cancro.
Rosa Montero usou a escrita deste livro como terapia para o vazio que o desaparecimento de Pablo lhe deixou e socorre-se do exemplo de Maria Curie, uma mulher aparentemente austera e fria mas que, naquele pequeno diário, se revela uma mulher carinhosa e sensual.
Pelo caminho, Rosa Montero fala da dificuldade que as mulheres ainda têm para se afirmarem num mundo de homens, conta pequenos episódios relacionados com a sua profissão de escritora, fala-nos de amizade, de amor, de sexo, da vida e da morte.
Recomendo vivamente!