Comprei este romance de Jonathan Coe (Bronsgrove, GB, 1961), graças í crítica que li no Público, intitulada “O homem que se apaixonou pela voz do GPS“.
E, afinal, nem este título é completamente fiel, nem o conteúdo entusiástico da crítica corresponde í realidade.
A Vida Privada de Maxwell Sim é uma manta de retalhos, como se o autor tivesse meia-dúzia de histórias para contar e decidisse inventar uma personagem, Max Sim, para servir de fio condutor.
O tom da narrativa é muito coloquial, fazendo-me lembrar os livros de Nic Hornby, os quais prefiro, sem dúvida.
Em resumo, muito resumido, Maxwell Sim é um quarentão divorciado, trabalhador de um aramazém, deprimido, de baixa médica, órfão de mãe e com um pai distante. Um amigo propõe-lhe um novo emprego: ir até í Escócia vender uma nova marca de escovas de dentes. “Uma história hilariante”, diz o crítico do Público.
Hardly…
E depois de muitas voltas mais ou menos inverosímeis, o final pretende ser surpreendente, mas é pífio.
Não aconselho.
Nota: a tradução de Elsa T. S. Vieira pode estar óptima, mas alguém tem que ensinar-lhe, a ela ou ao revisor, a diferença entre “porque” e “por que”.
Página 156: «Porque pareciam estar todos com tanta pressa? Que diferença fazia chegar ao destino meia-hora mais tarde?» – claro que “porque” devia ser “por que” (qual a razão).
Página 276: «Por que raio te dei ouvidos? Porque te deixei tratar-me dessa maneira…» – afinal, até parece que sabem usar o “por que” como deve ser… na primeira frase porque, na segunda, repete-se o erro da página 156.