Acordo Ortográfico – um objeto abjeto

Estávamos todos ocupados a ver os professores a desfilar pela avenida abaixo, quais marchas populares (eu até ouvi aquela do José Mário Branco e do GAC – “í“ ministra, vai-te embora/ que nós não te queremos cá/ os professores estão em luta/ o fascismo não passará”)…

Perdão… deixem-me respirar um pouco que já me dói a barriga de tanto rir…

Bom… então, estávamos nós tão ocupados com a manif dos prof que nem demos pela aprovação do Acordo Ortográfico. Aproveitando o fato de Cavaco Silva ir de visita ao Brasil, o Governo aprovou o Acordo. Temos, agora, 6 anos para nos habituarmos a escrever como os brasileiros – alguém tem alguma objeção?

Claro que o meu processador de texto ainda não se habituou ao fato, mas este texto está cheio de sublinhados a vermelho – tudo palavras que ele não conhece, o que dá mau aspeto í  coisa. Vai ser difícil adotar estas palavras como sendo portuguesas. Um tipo olha para ótimo, batizar, coleção, cetro, afetivo, diretor, exato, Egito, e não consegue deixar de pensar que fizemos um mau negócio com este acordo.

E a desculpa de que não pronunciávamos as letras que agora deixam de existir, não é uma desculpa. Na palavra “ceptro”, por exemplo, o pê é pronunciado; por outro lado, na palavra horta, por exemplo, o agá não se pronuncia e não é por isso que deixa de existir.

O que eu penso é que este Acordo é uma grande merrda – com dois erres, que é como os brasileiros pronunciam!

63 thoughts on “Acordo Ortográfico – um objeto abjeto

  1. Luís Ribeiro, se analisares de cabecinha fria, o dito “brasileiro” no site do Vaticano, não é uma tradução para essa “língua”, mas sim, diz respeito ao PROGRAMA brasileiro, com informações que dizem mais respeito ao Brasil, não tem haver com qualquer diferenciação linguística.

    É muito feio distorcer as coisas, só para justificar o que é injusticável. Não enganes as pessoas.

  2. Que zangado que ficaste, Luis. Mas tens toda razão. Não se deve contrariar tipos com ideias de grandeza (Angola e Moçambique vão a caminho de quê? sabes, por acaso, qual é a taxa de mortalidade infantil nesses países? E no Brasil – país que junta as maiores taxas de utilização de cirurgia plástica com os piores índices de saúde pública, ao ponto de teus compatriotas dizerem que só há 2 tipos de mulheres brasileiras: as bonitas e as pobres (estive no Brasil no passado mês de Maio).
    Desce í  terra e toma os antri-psicóticos a horas, pá!

  3. Artur,se calhar o “estoque” hahaha de anti-psicóticos para o “cára” estão esgotados!!!!! hahahahahahaha!!!!, portanto tém calma com ele,dá um descontinho né!!!!! hahahahaha.

  4. Esta ratificado o acordo. Sou brasileiro e tenho 7/8 de meus bisavós portugueses por quem tenho grande estima mas acho temos que nos lembrarmos que o português nada mais é que o latin vulgar com influencia de dialeto local antes da invasão romana e posteriormente influencia mulçumana. Portanto o português puro nao existe, lembrem-se que o Rio de Janeiro ja foi capital do Imperio e no retorno a corte de D. Joâo levou novas palavras aprendidas no Brasil.
    Na questao economica Portugal tem uma otima posicao por pertencer União Européia e uma população de pouco mais de 10 milhí´es de habitantes, Angola, 11 milhoes e Brasil 187 milhoes. No Mercosul a lingua portuguesas ja esta sendo ensinada nos colegios argentinos, e qual o português os senhores acham que é ensinado? Esta sendo pleiteado junto a ONU o português como sexta lingua oficial. Ficara mais facil.
    Nao precisam também haver preocupacões, no Brasil estara em vigor em 01/01/09 o acordo, mas em Portugal havera 6 anos para adaptacao, que talvez possa ser prorrogados.
    Publicado na imprensa “Ironicamente, dois deputados que encabeçaram a petição na Internet contra o acordo – Zita Seabra e Vasco Graça Moura – não estavam o plenário na hora da votação.”
    Observem bem que respeito Portugal e tenho muitos amigos ai atraves de foruns, mas, graças a Deus não grosseiros como vi uns dois acima, mas tambem o autor do artigo o fecha com palavra de baixo calão.

  5. Primeiramente gostaria de dizer que sou a favor do acordo, pois acho que realmente ir´facilitar a comunicção entre os países lusófonos. Eu sou brasileiro, e resolvi comentar nesse post para defender o “português brasileiro”. Primeiramente gostaria que soubessem que não existem lingua “estranha”, pois se for assim do mesmo modo que vocês acham o “português brasileiro” estranho, nós achamos o “português original” estranho, inlusive minha professora de Língua Portuguesa usa vocês como exemplo de piadinha quando escrevemos alguma coisa sem nexo algum com o conteúdo proposto, ela sempre diz “Nossa! Você está parecendo português, escreveu um monte de coisas sem sentido!”. Também gostaria de perguntar o motivo de vocês continuarem com esse orgulho besta, a exemplo do “Artur”, creio que é por causa desse tipo de pessoa que o mundo não vai pra frente, ele só sabe observar o erro dos outros, mas não olha para o próprio nariz, ele é o tipo de pessoa que fala pedra e tem que ser pedra, água e tem que ser água.
    Aproveito para esclarecer que estas medidas linguísticas como muitos brasileiros e principalmente portugueses pensam não é o governo que decide, quem decide são os linguísticos mais conceituados de cada país lusófonos e mais um monte de pessoas envolvidas nas academias de letras.
    Por último gostaria de esclarecer que vocês devido a esse orgulho não reparam que o idioma de vocês parou no tempo, pois continuam escrevendo de uma forma antiquada e que só dificulta o aprendizado, como por exemplo “facto” ao invés de “fato”, “adoptar” ao invés de “adotar”, entre outros, e já que vocês são tão ignorantes acho que deveriam ter “ferrado” mais com vocês e mudado também a forma de vocês organizarem a frase, ou conjugarem a mesma, ao invés de “Eu estava a cantar” deveria passar a ser “Eu estava cantando” assim poderiam manifestar essa revoltinha besta com razão.
    ( peço mihas sinceras desculpas ao Luis que pelo jeito é o único que tem a mente no lugar, e sabe a importancia deste acordo)
    Agora com licença que estou atrasado para pegar o í´nibus, ou deveria dizer “autocarro”? oaskoaskoaskoaks

  6. O que eu tenho a dizer é que as coisas evoluem e como tal a lingua tambem.E concordo perfeitamente com o novo acordo, apesar de achar que vai ser muito dicifil adaptacao. Mas também estao muito enganados pois todas as palavras que se le o c ou o p vai continuar a ser escritos da mesma forma. E accho que outras linguas diviam seguir o mesmo caminho da mesma forma que o frances que se escreve de uma maneira e maior parte das etras nao se diz.
    E ainda para mais nao sei porque é tanto orgulho pois mais que metade dos portugueses nem sabem escrever correctamente quanto mais falerem.
    Para acabar as minhas desculpas pela falta de acentos e alguns erros que possa ter dado visto estar a escrever num teclado frances e nao estar habituada…..
    E outra coisa é mesmo tipico de os portugueses nao saberem respeitar a opiniao dos outros e quando os outros vao contra as ideias deles em vez de colocarem o seu ponto de vista so sabem serem mal educados…
    Quando falta argumentos…..

  7. Ola,gostaria de parabenizar aqui o Luis e a Maria,pois apresentaram aqui uma aula de civilização.Mostrando os seus respectivos pontos de vista sem ter que cair na baixeza de espírito desesperada de alguns portugueses que aqui vieram demonstrar todo o seu despeito para com o Brasil.Fazer o que se o Brasil conseguiu mostrar a Portugal que tem vida própria.Que tem presença no mundo.Que o mundo reconhece o seu valor enquanto nação.
    Artur,meu caro,lamento ter que alertar você para que não entre muito nesse assunto de DADOS e Estatísticas,pois pelo que acompanho pelas notícias o seu país vai de mal a pior,Doenças(sida/mentais),desemprego,abandono escolar,violencia domestica…vcs estão mal na fita europeia.Meu mais sincero pesar.

    1. Marli, marli… os meus pesames pelas centenas de mortes em Niteroi, algo que nunca aconteceria em Portugal, uma vez que há décadas que acabámos com os bairros de barracas… Voc~e deve ler as estatisticas erradas, minha amiga…

  8. Sou brasileira,
    Mas, acho sinceramente que os portugueses não deveriam aceitar este acordo ortográfico. Acho um charme a escrita portuguesa com suas palavras diferenciadas. Gostaria que fosse o contrário que o Brasil adotasse o sistema das palavras como óptimo e outras tantas grafadas desta forma. Considero o acordo “idiota”.
    Karin.

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