Contextualizemos: na sexta-feira passada, dia 6, 40% dos deputados do PSD faltaram. Muitos deles assinaram a folha de ponto e puseram-se na alheta, para um fim de semana prolongado.
Acontece que havia uma votação importante. O plenário ia decidir se recomendava ao governo que suspendesse a avaliação dos professores, ou não. Seis deputados do PS votaram contra o governo mas, mesmo assim, a proposta foi chumbada porque 40% dos deputados do PSD fizeram gazeta.
História habitual.
A propósito disto, Almeida Santos disse que, quando era Presidente da Assembleia, nunca fazia plenários í sexta-feira, por ser véspera de fim-de-semana.
E acrescentou: «Talvez esteja errado é que as votações sejam í sexta-feira, é preciso arranjar horas para a votação que não sejam as horas em que, normalmente, é mais difícil e mais penoso estar na Assembleia da República».
É o que eu digo aos meus doentes: por favor, não adoeçam í sexta-feira, porque é véspera de fim-de-semana.
Almeida Santos tem 82 anos.
Talvez por isso se perceba porque diz mais uma enormidade como esta: “Os deputados são humanos, não são máquinas”.
E eu que pensava que Paulo Portas, com aqueles dentinhos tão brancos e brilhantes, fosse um robot. Só um robot (ou um ditador africano) consegue votações como Portas conseguiu ontem: mais de 95% dos militantes votaram nele e ninguém votou nos outros candidatos que, aliás, não havia. Também é verdade que 65% dos militantes nem se incomodaram em ir votar, mas Almeida Santos veio desfazer esta imagem que eu tinha de Portas. Afinal, não passa de um reles humano!…
E Rangel, o anafado líder do PSD? Não será uma enfardadeira?
E o mal-encarado Alberto Martins, do PS – humano?
E o camarada Jerónimo de Sousa não será apenas um reprodutor de cassetes, perdão, de dvd?
E Louçã não pode ser humano! Tão perfeitinho, tão politicamente correcto, tão resposta na ponta da língua, tão beato – Louçã é definitivamente uma máquina, não é humano!
Dr. Almeida Santos, permita-me discordar: os deputados são máquinas.
O problema é que, í s sextas-feiras, muitas dessas máquinas têm que ir í manutenção para ajustes…
Na minha humilde opinião, os deputados não são nem humanos nem máquinas… são cagadeiras industriais, tal é forma como se cagam para o país!
Uma vergonha… e o mais grave é que, depois disto (que já começa a acontecer por diversas vezes), ainda se admiram de serem uma classe sem credibilidade.
Enfim… com uma oposição destas, o Sócrates é que bem pode ir de férias.
Epá, eu também acho penoso como o caralho ter que trabalhar í segunda-feira! É que é mesmo penoso. A sexta ainda enfim, um gajo já sabe que vem aí o Sábado, mas a Segunda é lixada.
Olha, por acaso, agora que penso nisso, a Quarta-feira também é um bocado penosa… meio da semana e tal, o Domingo já está dois dias no passado, o Sábado ainda a dois dias, no futuro.
Vou dizer í minha empresa que passo a não trabalhar na segunda, nem na quarta… ou pelo menos que não me marquem trabalho nenhum para fazer. É penoso.
Ah, espera… se eu não aparecer para trabalhar fico sem emprego! Esqueço-me sempre que tenho um emprego e não um tacho.
Ora ora, estamos todos a ser injustos para com os deputados. então não tem vergonha de difamar aqueles que por nós, árduas batalhas e tarefas combatem contra o opressismo na luta desigual pelos direitos?? Somos todos uns ignorantes, senão vejamos:
– Muitos deles eleitos pelos circulos de Bragança, Porto, Braga, etc, tem o direito de após uma semana desgastante de trabalho passar mais um bocado de tempo com a família; ora aqui e só aqui estão duas lições, uma de regionalização e outra que certamente será proposta para a alteração da leilaboral. A primeira que é fruto da regionalização, permite que sejam eleitos pelos circulos até de Bragança deputados que “só por acaso” até vivem em Lisboa, logo regionalizados por certo. A segunda pois é um estudo elaboradíssimo para permitir que todos os funcionários públicos que sejam admitidos num outro distrito de trabalho que não o da sua residencia possam também eles se ausentar í sexta feira. CONCLUSíƒO: Não mais haverá pontos í sexta, nem reuniões nem balancetes nada, os trabalhores passam a trabalhar de 2ª a 5ª, mas atenção tem de residir noutro distrito senão o do trabalho (na região de lisboa será cerca de 50%)
-Outros foram para jantares com dirigentes de clubes de futebol, está mais que certo, então os senhores tem de comprar votos, e como é que se consegue, mais uma lição de liderança de massas. Um clube tem fãs e associados, um clube gere normalmente milhares de pessoas, ora se essas pessoas confiam no deputado por eles eleito, ups…, no presidente do clube quero eu dizer, novamente serão “ordenadas ups mais uma vez…. orientadas que será a melhor opção nas próximas legislativas. Mas aqui ponho-me uma questão, essa gente não pensa que o jantar que ouve e que os sócios não foram convidados foi paga ou com dinheiro dos contribuintes (sócios também) ou pelás cotas (sócios também)???? eu se fosse desse clube também quereria estar presente, e tem mais, estava justificada a falta, afinal estava a seguir o exemplo dos dirigentes da nação.
Mas afinal esta rebaldaria não é de agora. Apartir do momento em que em directos vemos enúmeros deputados concentrados e a meditar e plena assembleia, apartir do momento em qe vemos deputados a passear para paises para nem eu sei muito bem fazer o que, a ler o jornal durante a assembleia, a dirigir os seus negocios particulares em plena assembleia isto deu-me uma ideia. Porque também eles nao alteram mais um ponto no código do trabalho, o da assiduidade e comportamento.
Aqui fica a aminha sugestão.
– Nenhum trabalhador poderá ser dispensado por estar a meditar e concentrado de olhos fechados no local de trabalho
– Nenhum trabalhador poderá ser dispensado por ter picado o ponto e saido para ir passar o fim de semana com a familia (isto se for í sexta, í segunda , ou em vespera de ponte)
– Nenhum funcionário poderá ser dispensado por estar a ler atentamente as noticias do pais em pleno horário de trabalho, relegando para nenhum plano aquilo para o qual foi admitido
– Nenhum funcionário será punido por tratar de um segundo trabalho (parcial ou full time) durante o expediente do seu outro trabalho
Que acham?? Hum??
Eu votava nisto, já que é para um será para todos não acham.
É verdade esta sexta pedirei também ao meu chefe para ir passar mais tempo com a minha familia e vou dizer “olhe chefe estou abrangido pelo mesmo regulamento que os nossos deputados”
Votem outra vez neles isso votem.