Quando li o anterior romance deste escritor norte-americano, Extremamente Alto e Incrivelmente Perto (2005), fiquei muito agradado, sobretudo com a novidade da narrativa de Foer, cheia de “truques” originais.
Esses “truques” continuam neste novo romance de quase 700 páginas: muito discurso directo, troca de sms, conversas ao telefone, etc – mas custou-me chegar ao fim do calhamaço.
Aqui Estou não conta propriamente uma história, mas vários episódios em torno da família de Jacob e de Júlia, que têm três filhos e que se vão divorciar.
O problema é que Aqui Estou foi o que Abraão disse a Deus, antes de ele lhe pedir para matar o seu filho e todo o livro é, digamos, demasiado judeu. As primeiras páginas estão cheias de referências a challá, bar mitzvá, taschlich, Rosh Hashaná, e muitos outros termos judeus.
Lá mais para a frente, fala-se de um terramoto que quase destrói Israel e de uma guerra que uma coligação entre a Jordânia e a Arábia Saudita desencadeia, aproveitando o caos que se vive na terra dos judeus.
O livro teve muito boa crítica mas, sinceramente, não me comoveu…