Percebe-se a polémica: o cowboy machão salta para a cueca do cowboy mariquinhas. Tirando isso, o filme vale pelas paisagens soberbas das Big Horn Mountains (já lá estive!).
E sinceramente, “homofobia” í parte, o filme é um bocado seca. Já vi de tudo, no que respeita a amores impossíveis: a prostituta e o senhor rico, a negra e o branco, o coxo e a sádica, a bela e o monstro, a rica e o pobre.
Para que um filme de amor impossível resulte, é preciso algo mais que uma paisagem bonita. “Brokeback Mountain” não tem muito mais: o cowboy introvertido vai trabalhar para a montanha com o cowboy extrovertido, apaixonam-se, sabendo que a sua paixão nunca poderá ser revelada, porque ambos pertencem ao mesmo sexo e vivem numa sociedade conservadora e fechada; portanto, cada um constitui família, casando cada um com a sua moçoila, mas vão-se encontrando, três ou quatro vezes por ano, lá na solidão das Big Horn. Basicamente, o filme é isto.
Repito: as paisagens são lindas!
Sim, as paisagens são muito interessantes. Como eu disse í minha esposa no fim do filme, “fomos ao cinema ver uma historia de amor”.