“Canção ao lado”, dos Deolinda

—Agradavelmente surpreendido.

Gosto dos Deolinda porque: a) misturam fado com marchinhas populares, valsinhas com samba e tudo com tudo; b) têm um som diferente, fruto da combinação de duas guitarras acústicas (Pedro Silva Martins e Luis José Martins) e um contrabaixo (Zé Pedro Leitão); c) a voz da Ana Bacalhau tem um timbre agradável e alegre; d) as letras das canções são bem esgalhadas, fazendo lembrar o Sérgio Godinho, quando estava em forma.

São muitos pontos a favor dos Deolinda.

Gosto, sobretudo, do “Fado Toninho”, quando ela canta “se não me seguram/ dou-lhe forte  efeio/ beijinhos na boca/ arrepios no peito”.

“Movimento Perpétuo Associativo” é quase um Hino Nacional: “Agora sim, temos a força toda/ agora sim, há fé neste querer/ agora sim, só vejo gente boa/ vamos em frente e havemos de vencer/ agora não, que me dói a barriga/ agora não, dizem que vai chover/ agora não que joga o Benfica/ E eu tenho mais que fazer”.

Gosto menos das “baladas” e das canções mais “sérias”.

Não se perde tempo ao ouvir os Deolinda.

6 thoughts on ““Canção ao lado”, dos Deolinda

  1. A mim, irritam-me mais os trintões intelectuais… Quanto ao nome, é daquelas coisas… dEUS, Cabaret Voltaire, I’m from Barcelona… há gostos para tudo. No que respeita í  música, que é o que interessa, gosto… pode gostar-se da música e detestar-se as pessoas que a executam… enfim, gostos…

  2. Eu gosto dos Deolinda. Mas gostei especialmente de ter acrescentado um novo verbo ao meu vocabulário, “Desembirrar”, dá mesmo muito jeito, é que eu embirro com muita coisa e talvez agora comece a eliminar algumas :)

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