Foi o primeiro livro que li deste escritor espanhol (n. 1939) e gostei bastante. Editado em 1996, “Donde las Mujeres” conta-nos a história de uma família peculiar, na qual os homens estão aparentemente ausentes.
A narradora é a filha mais velha, que começa o livro com cerca de 8 anos; há uma irmã, dois anos mais nova, e um irmão mais pequeno; há também a mãe e a irmã da mãe. Vivem em duas casas isoladas, numa espécie de península e formam um clã, com laços muito fortes entre eles. Os outros, os que vivem na aldeia próxima, os colegas da escola, todos os que pertencem ao mundo exterior, não lhes dizem grande coisa. Este núcleo familiar cria uma espécie de mundo í parte, com as suas regras e as suas fidelidades. Há um pai destas três crianças, mas está ausente.
No entanto, toda esta harmonia se vai esboroar quando o pai resolve regressar e a narradora descobre o segredo da família. Porque todas as famílias têm os seus segredos.
Gostei, sobretudo, da escrita de Pombo e do modo como ele consegue dar voz a uma rapariga de um modo que, pelo menos a mim, me convenceu.