Montenegro contra o soprismo

Na reunião sobre comunicação social, o primeiro-ministro Luís Montenegro disse:

“Fazer a pergunta que o outro sopra ao ouvido não é jornalismo”

Apesar desta afirmação sensacional, Montenegro recusou-se a explicar o que substituiria o soprismo.

Alguém aventou a hipótese de os jornalistas passarem a usar cábulas onde registariam todas as perguntas possíveis e imaginárias que gostariam de fazer.

As senhoras jornalistas poderiam passar a escrever essas cábulas nas coxas e, durante as conferências de imprensa (raras, como se sabe), puxariam as saias para cima, discretamente, para relembrar as perguntas que teriam de fazer ao Montenegro.

Os homens poderiam, por exemplo, escrever as perguntas possíveis nas palmas das mãos.

Tudo menos usar auriculares!

Outra possibilidade poderia ser o Governo de Montenegro usar alguns jornalistas para soprar perguntas divertidas aos ouvidos dos colegas.

Por exemplo: “pergunta ao gajo se, por acaso, esta bêbado!”

Outra: “pergunta-lhe há quanto tempo não manda uma queca!”

Com perguntas destas, os jornalistas ficariam muito mal-vistos e acabavam por desistir de fazer perguntas e Montenegro ficaria, finalmente, livre dessa espécie incomodativa.

Ainda estamos longe, mas cada vez mais perto…

A avó do Ventura queria dois Salazares

O André Ventura é um cómico.

Melhor: o André Ventura é um palhaço.

Dizem os dicionários que palhaço é um actor que tem a intenção de divertir o público e basta ver Ventura, quer no Parlamento, quer agora na campanha eleitoral, para perceber que é essa a sua intenção.

Ao se pôr aos saltinhos, quando alguém da comitiva diz para se porem todos aos saltos, quando fala aos jornalistas, a desdizer o que o seu cabeça de lista acabou de dizer, ao escutar, com aquele ar contristado, o depoimento de um imigrante, voltando-lhe logo as costas – em tudo, Ventura tenta fazer palhaçada.

Mas a maior de todas foi quando se referiu à avó.

Não conheço a avozinha do Ventura, nem sei se a senhora ainda será viva. Caso esteja viva, seria bom que algum jornalista procurasse entrevistá-la para obter a sua confirmação sobre as afirmações do seu neto. Disse o Ventura que a avó costumava dizer que “isto só ia lá com dois Salazares”.

Coim aquele ar sorridente que ele gosta de afivelar, lambendo as beiças com frequência, como se estivesse permanentemente com sede, Ventura concluiu, dizendo que, agora, já não eram precisos dois Salazares porque havia um Ventura.

Ficámos, então, a saber que o Ventura acha que vale por dois Salazares. Portanto, se o Botas esteve no Poder 36 anos, teríamos de aturar o Ventura 72 anos!

Ventura, sem qualquer ternura/ merda, merda, merda pura

André, quer queiras, quer não/ terás de voltar para o Algueirão…

Expressionismo parlamentar

O Expressionismo surgiu na Alemanha no início do século 20, como um movimento artístico que, de certo modo, se opunha ao Impressionismo, dando mais importância í  visão interior do artista ““ í  sua expressão.

Aparentemente, o Expressionismo atingiu, agora, a Assembleia da República.

Depois do Ventura ter sugerido que o povo turco gosta pouco de trabalhar, a deputada Alexandra Leitão, do PS, perguntou ao Presidente da Assembleia se um deputado poderia dizer que uma determinada etnia é mais burra que outra e Aguiar Branco respondeu que sim ““ que isso seria liberdade de expressão. Expressionismo, portanto.

Logo a seguir, a deputada do PS, Isabel Moreira veio revelar que os deputados do Chega costumam chamar vacas a algumas deputadas, gostam de mugir, quando elas se levantam e insinuou que, í s deputadas assumidamente lésbicas, chamam determinados nomes (Fufa? Sapatona? Fressureira?).

Por seu lado, uma ex-deputada do PS, africana, disse que um deputado do Chega a cumprimentou com uma boa noite, em pleno dia, numa referência í  cor da sua pele.

Também um deputado do Livre afirmou ouvir algumas bocas lançadas pela bancada do Chega e a deputada do PAN também acrescentou mais algumas achas para a fogueira.

Não sei qual é o espanto…

Tudo isto é liberdade de expressão, isto é, Expressionismo.

Aguardamos, a todo o momento, que a Assembleia da República passe rapidamente ao Cubismo.

PS ““ Liberdade de expressão na Assembleia não é novidade. Recordo, a propósito, este texto de marco de 2009

Coisas que o Aguiar Branco deixa que o Ventura diga na Assembleia da República

A propósito da construção do novo aeroporto em Alcochete que, segundo o governo da AD, poderá demorar dez anos, o histérico do Ventura disse, no Parlamento, que o aeroporto de Istambul foi construído em cinco ou seis meses – isto, apesar de “o povo turco não ser conhecido por ser muito trabalhador”.

Em que se baseou o biltre do Ventura para dizer isto? Tinha, em seu poder, estatísticas que provavam que o povo turco é calaceiro?

Claro que não! Na sua habitual ignorância e má-educação, disse aquilo como poderia ter dito outra alarvidade qualquer. Ventura julga-se superior. Todos os seus súbditos dizem que ele é brilhante, uma suprema inteligência. Vai daí, o homenzinho incha. Para ele, os turcos são uma coisa tão longínqua, tão distante, tão inferior, que só podem ser preguiçosos.

Todas as bancadas í  esquerda se indignaram com a frase do Ventura, mas o Presidente da Assembleia da República, Aguiar Branco recusou intervir, dizendo que não queria coartar a liberdade de expressão.

Portanto, dizer que o povo turco gosta pouco de trabalhar, não é um insulto – é liberdade de expressão.

Nesse caso, podemos, na Assembleia da República, dizer que uma determinada etnia é burra, perguntou a deputada do PS?

Podemos, respondeu o Presidente. Não são insultos – são liberdades de expressão.

Vou ajudá-lo. Aqui estão 800 “liberdades de expressão” que André Ventura e seus apaniguados poderão usar, a partir de agora, no Parlamento.

abafa-a-palhinha, abécula, abelhudo, aberração, abichanado, abjecto, abutre, açambarcador,  afectada. agarrado, agiota, agressivo, alarve, albanairo, alcouceira, alcoviteira, aldrabão, aleivoso, alimária, alquiteque, amalucado, amarelo, amaneirado, amaricado, amigo-da-onça, analfabeto, analfabruto, anhuca, animal, anjinho, anormal, apanhado do clima, aparvalhada, apóstata, arrelampado, arrivista, arrogante, artolas, arruaceiro, aselha, asno, asqueroso, assassino, atarantada, atrasado mental, atraso de vida, atrofiado, avarento, avaro, ave rara, aventesma, azeiteiro, azelha

Bacoco, bácoro, badalhoca, badameco, baixote, bajulador, baldas,  baleia, balhelhas, balofo, banal, banana, bandalho, bandido, bandoleiro, barata tonta, bárbaro, bardajona, bardamerdas, bargante, barrigudo, basbaque, basculho, básico, bastardo, batoque, batoteiro, beata, bebedanas, bêbedo, bebedolas,  beberrão,  begueiro, besta, besta quadrada,  betinho, bexigoso, bichona, bicho do mato,  biltre, bimbo, bisbilhoteira, boateiro, bobo, bobo da corte, boca de xarroco, boçal, bode, bófia, boi, boneca de trapos,  borracho, borra-botas,  bota de elástico, brigão, broa de unto, brochista, bronco, brutamontes, bruto, bruxa, bufo, burgesso, burlão, burro

cabeça de abóbora, cabeça-de-alho-chí´cho, cabeça-de-vento, cabeça no ar, cabeça oca, cabeçudo, cabotino, cabra, cabrão, cabresto, cábula, caceteiro, cachorro, cacique, caco, cadela, caga-leite, caga-tacos, cagão, caguinchas, caixa de óculos, calaceiro, calão, calhandreira, calhordas, calinas, caloteiro, camafeu, camelo, campónio, canalha, canastrão, candongueiro, cão, caprichosa, caquética, cara-de-cu-í -paisana, cara de pau, caramelo, carapau de corrida, careca, careta, carniceiro, carraça, carrancudo, carroceiro, casca grossa, casmurro, cavalgadura, cavalona, cegueta, celerado, cepo, chalado, chanfrado, charlatão, chatarrão, chato, chauvinista, chibarro, chibo, chico-esperto, chifrudo, choné, choninhas, choramingas, chulo, chunga, chupado das carochas, chupista, cigano, cínico, cobarde, cobardolas, coirão, colérico, colonialista, comuna, cona-de-sabão, convencido, copinho de leite, corcunda, corno, cornudo, corrupto, coscuvilheira, coxo, crápula, cretino, cromo, cromaço, criminoso,cunanas, cusca

debochado, degenerado, delambida, delinquente, demagogo, demente, demónio, depravado, desajeitado, desastrada,  desaustinado, desavergonhada, desbocado, desbragado, descabelada, descuidada, desdentado, desengonçado, desfrancelhado, desgraçado, desgrenhado, deshumano, deslavado, desleal,  desleixado, desmancha prazeres, desmazelada, desmiolado, desengonçado,  desenxabida, desnaturada, desnorteado, desonesto, desordeiro, desorientado, despistado, déspota, desprezível, destaivado, destrambelhado, destravada, destroço, desvairado, devasso, diabo, ditador, doidivanas, doido varrido, dondoca, doutor da mula russa, drogado

egoísta, embirrento, embusteiro, empandeirado, empata-fodas, empecilho, emplastro, emproado, enconado, energúmeno, enfadonho, enfezado, engraxador, enjoado da trampa, enrabador, esbirro, escanifobética, escanzelada, escarumba, escrofuloso, escroque, escumalha, esgalgado, esganiçada, esgroviada, esguedelhado, espalha-brasas, espalhafatoso, espantalho, esparvoado, esqueleto vaidoso, esquerdista, esquisito, estafermo, estapafúrdio, estoira-vergas, estouvada, estroina, estropício, estulto, estúpido, estupor, execrável, explorador

faccioso, facínora, factotum, fala-barato,  falhado, falinhas-mansas, falsário, falso, fanático, fanchono, fanfarrão, fantoche, fariseu,  farrapo, farropilha, farsante, farsolas, fascista, fatela, fedelho, feio, feioso, feia-comó-demo, fersureira, figurão, filho da mãe, filho da puta, fingido, fiteiro, flausina, foção, fodido, fodilhona, foleiro, forreta, fraco-de-espírito,  fraca figura, fracalhote, franganote, frangueiro, frasco, fria, frígida, frívolo, frouxo, fufa, fuinha, fura-greves, fútil

gabarola, gabiru, galdéria, galego, galinha choca, ganancioso, gandim, gandulo, garganeira, gato pingado, gatuno, gazeteiro, gigolo, gimbras, glutão, gordalhufo, gordo, gosma, gralha, grosseiro, grotesco, grunho, guedelhudo

herege, hipócrita, histérica,

Idiota, ignorante, imaturo, imbecil, impertinente, ímpio, impostor, impotente, imundo, incapaz, incompetente, inconveniente, indecente, indigente, indolente, inepto, infame, infeliz, infiel, ingrato, imprudente, insignificante, intriguista, intrujona, invejoso, insensivel, insignificante, insípido, insolente, intrujão, insuportável, intolerante, intriguista, inútil, invertebrado, ínvio, irresponsável, irritante

Jacobino, jagunço, javardo, judeu

labrego, labroste, lacaio, ladrão, lambão, lambareiro, lambe-botas, lambéconas, lambisgóia, lamechas, lapa, larápio, larilas, lavajão, lazarento, lerdo, lesma, leva-e-traz, libertino, limitado, língua-de-trapos, língua viperina, linguareira, lingrinhas, lontra, lorpa, louco, lunático,

má rês, macabro, maçador, madraço, mafioso, maganão, magricela, malcriado, mal enjorcado, mal fodida, malacueco, malandreco, malandrim, malandro,  maléfico, malfeitor, maltrapilho,  maluco, malvado, mamalhuda, mamarracho, mandrião, maneta, mangas-de-alpaca, manhoso, maníaco, manipulador, maniqueista, manteigueiro, mãos-rotas, maquiavélico, marado-dos-cornos, marafado, marafona, marginal, maria-vai-com-as-outras, maricas, mariconço, mariola, mariquinhas-pé-de-salsa, marmanjo, marrão, marreco, marreta, masoquista,  massacrante, mastronço, matacão, matarroano, matrafona, matrona, mau, medíocre, medricas, medroso, megera, meia-leca, meia-tijela, melga, meliante, menino da mamã, mentecapto, mentiroso, merdas, merdoso, mesquinho, metediço, mijão, mimado, mineteiro, miserável, mixordeiro, moina, molengão, mongas, monhé, mono, mostrengo, monstro, monte-de-merda, mórbido, morcão, mosca morta, mouco, mula, mula de carga, múmia

nababo, nabo, não-fode-nem-sai-de-cima, não-tens-onde-cair-morto, narcisista, narigudo, nariz-arrebitado, nariz-empinado, nazi, necrófilo, néscio, neurótico, nhonhinhas, nhurro, ninfomaníaca, nódoa, nojência, nojento, nulidade,

obcecado, obnóxio, obstinado, obtuso, olhos-de-carneiro-mal-morto, onanista, oportunista, ordinário, orelhas-de-abano, otário,

pacóvio, padreca, palerma, palhaço, palhaçote, palonça, panasca, paneleiro, paneleirote, panhonhas, panilas, pantomineiro, pãozinho sem sal, papa-açorda, papa-hóstias, papagaio, papalvo, paranóico, parasita, pária, parolo, parvalhão, parvo, paspalhão, paspalho, passado, passarão, pata-choca, patarata, patego, pateta, patife, patinho feio, pato, pató, pau mandado, pau-de-virar-tripas, pedante, pederasta, pedinchas, pega-de-empurrão,  peida-gadoxa,  pelintra, pendura, peneirenta, pequeno burguês, peralvilho, pérfido, perliquiteques, pernas-de-alicate, pés de chumbo, peso morto, pesporrente, petulante, picolho, picuinhas, piegas, pilha-galinhas, pílulas, pindérica, pinga-amor, pintas, pinto calçudo,  pintor, piolho, piolhoso, pirata, piroso, pitosga, pobre de espírito, pobretanas, poltrão, pomposo, popularucho, porcalhão, porco, pote de banhas, preguiçoso, presunçoso, preto, promíscuo, provocador, proxeneta, psicopata, pueril, pulha, punheteiro, puta, putéfia

Quadrilheira, quatro-olhos, quebra-bilhas, queixinhas, quezilento

Rabalhusco, rabeta, rabichola, rabugento, racista, radical, rafeiro, raivoso, ralé, rameira, rameloso, rancoroso, ranhoso, raquítico, rasca, rascoeira, rasteiro, rata de sacristia, reaccionário, reaças, relaxada, reles, repelente, repugnante, réptil, ressabiado, retardado, retorcido, rezingão, ridículo, roto, rufia, rústico

sabujo, sacana, sacripanta, sacrista, sádico, safado, safardana, salafrário, saloio, salta-pocinhas, sandeu, sapatona, sarnento, sarrafeiro, sebento, seboso, sem classe, sem vergonha, serigaita, sevandija, sicofanta, siflitico, sinistro, simplório, snob, soba, sodomita, soez, somítico, sonsa, sórdido, sorna, sovina, suíno, sujo, superficial

tacanho, tagarela, tanso, tarado, tarado sexual, taralhouca, tavolageiro, teimoso, tinhoso, tísico, títere, toleirão, tolo, tonto, torcionário, torpe, tosco,  totó, trabeculoso, trafulha, traiçoeiro, traidor, trambolho, trapaceiro, trapalhão, traste, tratante, trauliteiro, tresloucado, trinca-espinhas, trique-lariques,  triste, troca-tintas, trogalho, troglodita, trombalazanas, trombeiro, trombudo, trouxa

Unhas de fome, untuoso, urso

Vaca gorda, vadio, vagabundo, vaidoso, valdevinos, vândalo, variado, vasola, velhaco, velhadas, vendido, verme, vesgo, víbora, viciado, videirinho, vigarista, vígaro, vil, vilão, vingativo, vira-casacas

Xenófobo, Xé-xé, xico esperto

zarabulhento, zarolho, zé-ninguém, zelota, zero í  esquerda

A minha proposta para o Estatuto da Dona de Casa

O Movimento Acção Ética, fundado por diversas personalidades, entre as quais se destacam Bagão Félix e Paulo Otero, propõe a criação de um estatuto da Dona de Casa.

Para reforçar esta e outras propostas do mesmo jaez (sempre quis usar esta palavra), lançaram um livro, juntamente com outras ilustres pessoas antigas. O livro chama-se “…Identidade e Família” e foi apresentado por Pedro Passos Coelho.

Segundo o Expresso, a ideia (são mesmo uns idiotas…) do estatuto da Dona de Casa é conferir um rendimento í s mulheres que não têm ocupação profissional.

Quero dar o meu contributo a tão auspiciosa e moderna ideia.

Sendo assim, proponho que as donas de casa passem a ser pagas por objectivos, como alguns pontas de lança. Sendo assim, estabelece-se um valor para cada tarefa doméstica: lavar roupa, lavar loiça, passar a ferro, aspirar a casa, fazer as camas, cozinhar, etc. Depois, as donas de casa mais prendadas receberiam um bónus por cada felácio.

Seria constituído um júri para avaliar a qualidade do felácio, do qual fariam parte o Professor Otero e o ex-ministro Félix. Claro que o júri seria presidido por Pedro Passos Coelho.

Espero bem que aceitem esta minha proposta…

André Passos Ventura Coelho

—

Foi esta estrangeirinha que o Marcelo arranjou, com a ajuda da Gago.

Deitando abaixo um governo de maioria absoluta que ia a meio do mandato, proporcionou a eleição de 50 deputados grunhos e os lacraus começaram a sair de debaixo das pedras.

O Passos com três esses já tinha começado a levantar aquela cabeça em forma de melão, agora ainda mais saliente, graças ao rapanço ““ mas com o lançamento do livro “…Identidade e Família”, a coisa está mais séria.

O livro reúne textos de retrógrados ilustres, nomeadamente, João César das Neves, José Ribeiro e Castro, Gonçalo Portocarrero de Almada, Paulo Otero, e outros. Nesses textos, ataca-se a chamada ideologia de género, a alegada destruição da família tradicional, a possibilidade de a eutanásia passar a ser legal, a liberalização do aborto e afins.

Este grupo de energúmenos consegue associar a “…disforia de género a várias patologias psiquiátricas”, sendo incapazes de se autodiagnosticarem. Não será preciso ser um psiquiatra de elite para diagnosticar três ou quatro patologias a um senhor que compara o aborto com a venda de um carro ou de uma casa.

Aquele economista que parece ter sido ungido por Deus quando era pequenino, o João César das Neves, diz mesmo que as “…senhoras, alegadamente tiranizadas, nunca se queixavam”. Se não foi ele que disse, foi um dos outros senhores. Portanto, como as senhoras não se queixavam, conclui-se que não levavam porrada dos maridos.

Outro destes perigosos extremistas, disse, numa cerimónia pública, para “…não termos medo de enterrar o 25 de Abril”.

E o Passos Coelho associa-se a esta corja.

Na plateia que assistia í  apresentação do livro, destacava-se o futuro primeiro-ministro, quando o Coelho for Presidente: o André Ventura.

Será que vou ter de emigrar depois dos 70 anos?!

Leitão Amargo

—

Não gosto muito de leitão.

E quando o leitão é amargo, ainda menos.

O novo primeiro-ministro, escolheu como porta-voz do governo, um tal Leitão Amargo. Vi-o hoje, pela primeira vez, na conferência de imprensa após a primeira reunião do novo governo. Quando se convoca uma conferência de imprensa, é suposto haver notícias. Leitão não tinha nada de novo para dizer. Então, o que disse durante mais de meia-hora? Banalidades, conversa de chacha; encheu chouriços com vulgaridades e ataques deselegantes ao anterior governo. Afinal, a única decisão do governo da AD foi ignorar o logotipo da República escolhido pelo governo anterior e repor o logotipo antigo. Ouvimos um bruaá da população, que aguardava, com ansiedade, as novas decisões do governo.

Eles avisaram que ia haver mudança e, para já, mudaram o logotipo.

Agora só falta mudar o resto ““ ou seja, este governo!…