Sexy Coelho

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Com que Então temos um dos primeiro-ministros mais sexy do planeta?

Quem diria que Passos Coelho, com aquele ar de enjoadinho, conseguia ficar em 7º lugar numa competição de sexys!

Segundo o Jornal de Notícias um inquérito norte-americano, on line, pretendia saber quais eram os dirigentes políticos mais sexy, a partir de uma lista de 200 nomes.

wangchuckO rei do Butão Wangchuck, ficou em primeiro lugar, talvez devido í  popa, ou por causa das suas vestes coloridas, ou apenas porque é rei de um país com um nome engraçado…

Seguiu-se o presidente do México, Nieto e o rei Filipe, de Espanha ficou em terceiro.

E o nosso Pedrocas ficou num honroso sétimo lugar, í  frente de Tsipras, Obama e Putin, entre outros políticos giraços!

O PSD deve estar orgulhoso, com a coligação Portugal í  Frente e o sexy Passos Coelho atrás (ou será que Portugal fica atrás e Passos Coelho é sexy í  frente?).

No entanto, há algo neste inquérito que o descredibiliza.

É que Cavaco Silva também fazia parte dessa lista de 200 nomes e, espantosamente, ficou em 72º lugar, í  frente de 128 outros dirigentes.

Sempre gocavaco bocejastava de saber que fotografia de Cavaco constava do inquérito.

Seria esta?

 

(PS – Esta notícia faz-me lembrar aquela canção dos Beatles, Sexy Sadie, que começa assim: “Sexy Pedro, what have you done/You made a fool of anyone”)

Novo accordo ortográphyco

Entrou ontem em vigor o Novo Acordo Ortográfico e apeteceu-me ser ordinário e pedir aos autores que o metessem no cu.

Mas depois, fiquei com dúvidas: com o novo acordo, cu leva acento?

Eu sei que “heroico”, por exemplo, perdeu o acento mas, sendo cu, em si mesmo, um assento, não precisará de um?

O acento circunflexo mantém-se em “pí´de”, para distinguir de “pode” e em “pí´r”, para distinguir de “por”.

Então porque desaparece o acento em “pára”, para distinguir de “para”?

O Benfica vai ter que mandar fazer novas t-shirts, corrigindo a frase “Ninguém pára o Benfica”.

Mas “ninguém para o Benfica” quer dizer outra coisa completamente diferente!

E tenho mais dúvidas.

Dizem-me que as consoantes mudas desaparecem.

Não será discriminação?

O mudo é alguém que tem uma deficiência – não devia ser apoiado?

Por exemplo: actor passa a ator.

Aceita-se.

Agora, não me parece bem que espectadores passe a espetadores.

Quer dizer: deixa de ser um conjunto de pessoas que assistem a algum espectáculo e passam a ser um grupo de tipos que espetam.

Aliás, o próprio espectáculo passa a espetáculo, uma espécie de evento onde se espeta algo.

E a recepção, que perde o pê e fica receção; não se confundirá com recessão?

Passaremos a ver, nos serviços públicos, cartazes dizendo “Dirija-se í  recessão e tire uma senha”?

E as incongruências?

Egipto, o país, passa a chamar-se Egito, mas os seus habitantes continuam egípcios.

Ora se o pê cai no país, devia também cair nos habitantes, que passariam a ser os egícios.

Além disso, se as consoantes mudas caem, não deveríamos passar a escrever “omem”, “umano”, “ipismo” e “ipnótico”, por exemplo?

Outra coisa que cai são os hífens, o que nos vai obrigar a gastar muitos ésses: em minissaia, lombossagrada, anglossaxónica…

Os defensores desta Coisa, dão sempre como exemplo a palavra “pharmácia”, que assim se escrevia antes do acordo de 1942. E dizem, aos que atacam o novo acordo que, caso queiram, podem continuar a escrever farmácia com “ph”.

Eu não quero continua a escrever “pharmácia”, mas também não quero escrever “ótimo” nem “batismo”.

E, por favor, não me ponham a escrever pênis!

Pénis nunca há de ser circunflexo!

“O Museu da Inocência”, de Orhan Pamuk (2008)

pamukArranjei finalmente vontade para ler este romance de Orham Pamuk (Istambul, 1952). Como já disse, desconfio sempre dos best sellers e receava que este fosse mais um desses livros que vendem milhares e que pouco interesse têm.

O Museu da Inocência foi o primeiro romance que Pamuk escreveu depois de ter ganho o Nobel, em 2006.

E esmerou-se.

Tenho alguma dificuldade em qualificar o livro mas apetece-me dizer que parece um romance “í  moda antiga”, uma história escrita por alguém muito antigo, uma história “que já não se usa” …

museu da inocenciaO livro conta a história de Kemal, um jovem novo-rico de 30 anos que, apesar de estar noivo de outra abastada jovem, se apaixona por uma prima afastada, Fusun, de 18 anos, empregada numa loja de roupa. Amor impossível.

A história, que parece saída da Mil e Uma Noites, começa nos anos 70 e prolonga-se por cerca de 30 anos e, í  medida que se desenrola, vamos tomando contacto com a evolução de Istambul, pelo menos ao nível das classes mais endinheiradas que queriam, a toda a força, ser e, sobretudo, parecer, ocidentalizadas.

Como se diz na página 275: «Na Europa, os ricos são suficientemente refinados para agir como se não fossem ricos. É assim que as pessoas civilizadas se comportam. Se queres saber a minha opinião, ser culto e civilizado não tem nada a ver com sermos todos livres e iguais; tem a ver com sermos todos suficientemente refinados para agir como se assim fosse.»

Kemal vai para a cama com Fusun, o que é muito “ocidental”, mas nunca chegam a casar.

Nos anos seguintes, a obsessão de Kemal por Fusun vai crescendo e começa a coleccionar objectos relacionados com ela: brincos, postais ilustrados das ruas que percorreram juntos, bilhetes e cartazes de cinema, beatas que ela fumou, etc, até nascer a ideia de fazer um Museu todo dedicado a ela.

E Pamuk foi mais longe, criando mesmo um Museu da Inocência, num dos bairros de Istambul (http://en.wikipedia.org/wiki/The_Museum_of_Innocence_%28museum%29).

Passei apenas dois dias em Istambul, mas a leitura deste livro fez-me lembrar constantemente aquela cidade, não sei explicar porquê.

Talvez porque Pamuk conseguiu impregnar a sua história com a essência da cidade onde nasceu.

Vale a pena ler.

Títulos

22/2

* “Primeira governadora bissexual quer acabar com corrupção”

E é preciso ser bissexual para isso?

* “Imprensa alemã diz que Maria Luís pediu dureza a Schauble”

Dureza, ao ministro das Finanças alemão?…
Nem com Viagra!…

23/2

* “Rabejador de ouro é dos forcados de Vila Franca”

Rabejador de ouro?
Não me lixem!…

* Nani chorou depois de marcar um golo.

Está explicado porque permite que lhe continuem a chamar Nani…

* “Ex-espião pediu levantamento de segredo de Estado”

Claro que este gajo só podia ser português (e foi para espião porque não sabia fazer mais nada…)

26/2

* “Comerciantes apoiam venda de remédios em bares e quiosques”

– Olhe, por favor, um whisky duplo e um Ben-u-Ron, por favor.
– Para mim, um gin tónico e dois Kompensan…

* “Belmiro e Soares dos Santos juntos í  procura de jovens talentosos”

… merceeiros libidinosos…

Um Papa perigoso

O Papa Francisco é do camandro!

Sempre que abre a boca, rescreve os evangelhos.

Agora, foi numa daquelas estranhas conferências de imprensa que os Papas decidiram começar a fazer, a bordo dos aviões que os transportam nas suas viagens a que eles chamam peregrinações.

O tema da conferência foi a família.

Disse Francisco que os católicos não devem procriar “como coelhos”.

Ora que direito tem o Papa de interferir no modo como os católicos fornicam?

Que eu saiba, os coelhos procriam com o macho por trás da fêmea. Sempre.

Portanto, Francisco acha que essa posição é indecorosa para os católicos, depreendendo-se que defenda a famosa posição de missionário, em que o missionário se coloca por cima da freira, perdão, da esposa…

E Francisco acrescentou que “existem métodos legais” que ajudam os pais a controlar o número de filhos.

Será que o Papa se estava a referir ao célebre método da Aspirina, em que a católica, durante o acto, coloca um comprimido de ácido acetilsalicílico entalado entre os joelhos?

Lá legal é ele!…

Será que Francisco sabe mesmo do que está a falar?…

Nota: o Diário de Notícias diz que “Morreu doente que recebeu telefonema” do Papa. Milagre?…

 

O cachecol de Sócrates

Num momento em que não sabemos muito bem o que fazer com esta história do radicalismo islâmico, os jornais deste fim de semana estão mais preocupados com… Sócrates!

Vejamos:

Sol: “Carlos Silva abriu fundo com casas de Sócrates”

Correio da Manhã: “Sócrates disposto a comprar JN e DN”

i: “Tudo o que sabemos sobre José Sócrates”

Jornal de Notícias: “Investigação a Sócrates centrada entre 2000 e 2005”

Mas o título socrático mais curioso é o do Expresso:

“Sócrates luta para ficar com botas e cachecol do Benfica”

A gente lê e imagina o ex-primeiro ministro í  porrada com os guardas prisionais, de modo a poder ficar com as botas e com o cachecol do Benfas, e pensamos: será que Sócrates anda assim, lá pela cadeia de Évora?…

Só de botas e cachecol?

Sem mais nada?…

E vai assim para o duche?…

Será por isso que o sindicato dos guardas prisionais diz que ele é um preso privilegiado?

E por que raio o director da prisão não deixa o homem ficar com o cachecol do Benfica?

Será que tem medo que ele se enforque com o cachecol?

Sócrates nunca faria uma coisa dessas!

Dessem-lhe um cachecol do Sporting e isso sim – teríamos suicídio pela certa!…