Chinesices olímpicas

Está tudo muito escandalizado com a actuação dos atletas portugueses nos Jogos Olímpicos de Pequim.

Até hoje, apenas a Vanessa Fernandes conseguiu uma medalha de prata. O resto, é só desilusão, desde o judo í  vela, passando pela Naide Gomes, que nem í  final foi, ela que é campeã mundial em pista coberta.

Pronto, as coisas correram mal. Talvez alguns atletas não tenham bem a noção do que é participar nos Jogos Olímpicos – vidé o exemplo daquele, chamado Marco Fortes, que se queixou de as provas serem de manhã, dizendo qualquer coisa como “eu, de manhã, é mais na caminha…”

Os jornais descobriram agora, quando as medalhas começaram a falhar, que o Estado gastou 15 milhões de euros com a delegação aos Jogos. E o Estado somo nós. Vai daí, nós ficámos todos muito zangados por estarmos a pagar viagens í  China a uma numerosa comitiva que nem para trazer medalhas para casa serve.

Claro que todos nos esquecemos que também foi o Estado que pagou o ordenado a Luis Filipe Scolari, por exemplo.

Mas, enfim, o futebol “é assim mesmo”. Os jogadores “trabalham muito”, os treinadores “dão o seu melhor”, mas, por vezes, “a sorte do jogo” é-nos adversa.

Por outro lado, os Jogos Olímpicos consistem, apenas, numa cerimónia de abertura e na subida ao pódium com o hino a tocar e a bandeira a esvoaçar. Pelo meio, parece que os atletas têm que treinar muito, obter mínimos e prestar provas – mas isso é um pormenor.

Malandros! A desbaratar o erário público em turismo desportivo!

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