Para quem não sabe – e há muita gente que não sabe – MRPP é a sigla de Movimento Reorganizativo do Partido do Proletariado (reorganizativo de quê?!…do PCTP – Partido Comunista dos Trabalhadores de Portugal).
A coisa parece tão anódina como Movimento para a Reintrodução no Mercado do í“leo de Fígado de Bacalhau.
Quem quer recuperar uma coisa que é intragável?
No seu 40ª aniversário, o Garcia Pereira, perdão, o MRPP fez saber que, desta vez, não vai concorrer í s eleições presidenciais.
Faz mal.
Competindo com candidatos como Fernando Nobre e Defensor de Moura, Garcia Pereira era muito capaz de, desta vez, ir í segunda volta contra Cavaco Silva e ganhar.
Eu, pelo menos, dava-lhe o meu voto.
Antes o Garcia que o Cavaco, safa!
O 40º aniversário do MRPP fez-me lembrar uma pequena notícia publicada no falecido Diário Popular, a 26 de Julho de 1979 e que dizia “Arnaldo Matos demite-se”.
Ora, Arnaldo Matos era, nessa altura, o Grande Educador da Classe Operária (tudo com letra grande e não se riam porque era assim, exactamente, que ele era conhecido). Advogado e dirigente do MRPP, Arnaldo Matos e o seu bigode educavam a classe operária portuguesa como mais ninguém.
Mas, em 1979, Matos tinha 40 anos (como o MRPP tem agora) e estava farto de alguns dirigentes do movimento “não aplicarem a liberdade de expressão no interior da organização”, segundo diz a notícia. Vai daí, considerando que esses dirigentes eram “cisionistas, revisionistas e boicotadores”, Arnaldo Matos demitiu-se para nunca mais voltar.
Saindo o Grande Educador, a classe operário ficou cada vez mais mal-criada.
Até hoje!
É ver polícias acampados í porta do MAI e professores a descerem a avenida e a chamar mentiroso ao senhor primeiro ministro!
Entretanto, Garcia Pereira e o MRPP, ambos simultaneamente, continuam a dizer que são pela revolução socialista.
A malta aguarda, serenamente.
No entanto, se o camarada Garcia Pereira fosse Presidente da República, convenhamos que a Revolução Socialista ficava mais fácil, não?…
Não sejas chato, ó Garcia – concorre lá, pá!
Achei imensa graça í sua educação esmerada (a descerem a avenida a chamar nomes ao”SENHOR PRIMEIRO MINISTRO”).Para quem trata os que não estão com “O SENHOR PRIMEIRO MINISTRO” com epítetos dóceis,não está nada mal.
Camarada: será que não percebes o sarcasmo? Quando se está a falar de Educação, do Grande Educador e da falta de educação, deve-se tratar o primeiro-ministro por senhor – ou não te ensinaram isso na cataquese?
Faltou apenas dizer que O Grande Educador aderiu ao PSD e faz parte de uma qualquer distrital.
Não sei se foi o Arnaldo que mudou ou se o PSD que foi educado.
O que é irónico, visto daqui de 2010, é recordar que nesse grupelho, como então se chamava, coexistiam pessoas como: O Grande Educador, Durão Barroso, esse mesmo, o presidente da Comissão Europeia, e Saldanha Sanches.
…e Pina Moura e Pacheco Pereira e Maria José Morgado e tantos outros… o MRPP foi uma escola de políticos, não há dúvida!
A melhor forma para não discutir ideias, é mandando umas bojardas…muitas delas autenticas atoardas…coisos…e assim se faz uma noticia…coiso
Tem razão, camarada! Penitencio-me! Qual será o meu castigo? Diga-me e eu cumprirei a pena com um sorriso nos lábios e o sentido do dever cumprido (ou será comprido?)
Lamentável este Post, não referiu o importantissimo contributo do Camarada Abel ao denunciar o Bando da Mizé e a sua linha negra, um dos períodos mais importantes da teorização “mrpêpêiana”
Logo o Camarada Abel que está a iluminar actualmente Bruxelas
Francamente caro Artur, não esperava que escondesse essa parte
O Bando da Mizé?! O camarada Pisco não passa de um social-fascista, está-se mesmo a ver!
Caro Artur
Uns erros históricos a ver:
Pina Moura – Delfim da Pura e Dura Zitinha na UEC
Pacheco Pereira – Lider ou Teorizador Profundo de um EME ELE qualquer lá pelo Porto, não confundir com o Fê Cê Pê
nunca andaram com o MRPP, o Rosas (historiador de turno), é que andou lá
ps: gostei dessa do social-facista (foi de proposito), tenebroso e ainda por cima com memória
Camarada Pisca: tem toda a razão, mas a minha memória já não é o que era. O Pina Moura e a Zita que Seabra claro que foram uéques. Já o Pacheco não sei se não foi na FEC-ml, OCMLP ou PCdeP-ml. Como pude eu confundir tal cousa! Os operários e camponeses, quando tomarem o Poder, não me perdoarão. Serei desterrado para a Albânia, no mínimo!
Já agora mais uns contributos para a história do PREC.
Tanto quanto me lembro, a FEC-ml e a OCMLP eram da área do que viria a dar na UDP.
O Pacheco Pereira era do PCP ml, achavam-se os verdadeiros comunistas, o farol era a China, viu-se no que deu.
E ainda havia a AOC (Aliança Operário-Camponesa), O PSR (Partido Socialista Revolucionário), o PCP (R) (Partido Comunista Português – Reconstruído), para já não falar no MES, FSR, LUAR, PRP-BR, SUV, PIB e PIF-PAF…
Santa ignorância
se a ignorância e a parvoice matasse…
í“ camarada, francamente! é “se a ignorância e a parvoíce MATASSEM” e não “matasse”, porque é plural. Percebeste? E essa da “farpa vermelha” é de morte, pá!
Não sei se é desonesto ou ignorante mas o Pina Moura foi Filiado no Partido Comunista Português e Em 1992 fundava a Plataforma de Esquerda, acabando por aderir ao Partido Socialista em 1995 e quanto ao Pacheco Pereira era do PCP(m-l).
Obviamente, sou ignorante. Como é possível não saber essas duas coisas tão importantes para a História de Portugal?!…