Três notícias na edição de hoje de o Público, fazem-nos pensar um pouco sobre o valor das democracias.
Em Portugal, a nova secretária de estado do Tesouro foi demitida depois de ter recebido meio milhão de euros de indemnização por ter sido despedida da TAP.
Faltavam-lhe dois anos de contrato, tal como a Fernando Santos, o selecionador nacional de futebol que, no entanto, recebeu 3,5 milhões de indemnização.
Percebe-se a diferença: Santos ganhou um campeonato da Europa, enquanto Alexandra Reis, a secretária de Estado, não ganhou coisa nenhuma ““ a não ser a tal indemnização.
Nos Estados Unidos, o congressista republicano George Santos admitiu que mentiu sobre a sua formação académica e o seu histórico profissional durante a campanha para as eleições intercalares de novembro.
Santos é adepto de Trump e afirmou que não é criminoso; acrescentou: “…o meu pecado foi ter enfeitado o meu currículo. Peço desculpa. Fazemos coisas estúpidas na vida”. Mesmo assim, pretende tomar posse como congressista.
Em Israel, o Parlamento aprovou duas leis que poderão permitir que os políticos passem a ter um poder quase absoluto e em que as mulheres, homossexuais, estrangeiros, ou até judeus não ortodoxos, possam perder direitos.
Um dessas alterações torna possível que políticos condenados por crimes graves como corrupção, possam ser ministros.
São coisas da democracia ““ o pior regime político, mas o único que é aceitável…