A ““ Doutor, tem que me ajudar!
B ““ Diga lá! Parece muito aflito!
A ““ E estou! Veja lá que, de há uns tempos para cá, quando como, sinto um PLUNK no coração e fico assustadíssimo!
B ““ Um PLUNK? Refere-se a um PLUNK isolado ou a um PLUNK precedido de um SPLASH?
A ““ Bom… isso depende da comida. Por exemplo, se como um bom bife de vaca, costume sentir um PLUNK logo seguido de um FENK, por vezes intervalados por um SPLASH agudo.
B ““ Estou a ver… e esse PLUNK SPLASH FENK não varia com a bebida?
A ““ Claro que varia, doutor. Se bebo cerveja, o SPLASH é mais grave e o FENK é substituído por uma espécie de BLURP-ZINK.
B ““ Portanto, trata-se, nesse caso, de um PLUNK SPLASH BLURP-ZINK…
A ““ Exacto. Mas se acompanhar o bife com vinho, o PLUNK desaparece, mas, em compensação, surge um FINK-TANG que me aflige imenso, sobretudo porque, entre o SPLASH e o BLURP-ZINK interpõe-se um BLIP-BLIP irritante!
B ““ Curioso… muito curioso… já tenho visto doentes com PRUNG BLIP-BLURP SPLASH POING, mas o senhor é o primeiro que me surge com FINK-TANG SPLASH BLIP-BLIP BLURP-ZINK.
A ““ Então, doutor… o que me aconselha?
B ““ Só vejo uma solução: BANG!
- in Pão com Manteiga no Contra-Ataque, 24 abril 1982