Toda a gente viu. Era quase impossível não ver. As imagens passaram em todos os telejornais de todos os canais, várias vezes ao dia; as fotos vieram em todos os jornais: a desgraçada de uma professora tira o telemóvel a uma calmeirona de 15 anos, que não se fica e se atira í professora, tentando reaver o aparelho de telecomunicações. Seguem-se momentos de grande angústia, em que as duas se engalfinham, tentando, cada uma delas, ficar com o telemóvel. Â Â (http://www.youtube.com/watch?v=AfIkEw98duM)
Um verdadeiro choque tecnológico.
Nos dias seguintes, as maiores sumidades em psicologia, adolescência, menopausa e telecomunicações, deram as suas opiniões sobre este caso raro: uma aluna enfrentando uma professora, como se nenhum desses especialistas, nunca na vida, tivesse presenciado um caso semelhante.
Resta fazer algumas perguntas:
1. De que marca era o telemóvel para merecer uma luta daquelas?
2. Teria ligação í internet?
3. Qual seria o operador?
4. Tendo a miúda uns verdes 15 anos, não se pode considerar que a professora exerceu violência sobre a criança?
5. E o puto que filmou a cena toda, não merecia um subsídio para realizar uma curta metragem? (há que incentivar as artes!)
Está-se a esquecer ainda do caso de estudo que pode dar aos arquitectos, afinal de contas a luta demorou tanto tempo porque a mulher não conseguia chegar í porta.
Ah!
E aos ilustres de letras também pois, telemóbél não ficou contemplado no novo acordo ortográfico!