Os factos, toda a gente conhece: desapareceram dos paióis de Tancos algumas armas.
Até agora, ninguém sabe se foram desaparecendo ao longo dos tempos, se desapareceram todas no mesmo dia, se nunca chegaram a fazer parte do inventário, quem as desviou, se eram obsoletas – nada!
Parece que há inquéritos a andar, investigações em curso.
Mas eis que, de repente, o Expresso descobre um relatório que arrasa o actual Ministro da Defesa e apresenta vários cenários possíveis, entre eles, o roubo das armas por mercenários portugueses com destino í Guiné-Bissau e Cabo Verde (Cabo Verde?!… para quê?!…), ou ainda, para jihadistas.
O Presidente da República, que é o Comandante Supremo das Forças Armadas, desconhece o relatório; o Governo também parece não o conhecer.
Será uma “fake news”?…
Ontem, o actual director do Expresso, Pedro Santos Guerreiro, foi í Sic garantir que o relatório existe mesmo – e até levava consigo um caderno de folhas A4.
Claro que não disse quem era o autor do relatório porque isso não interessa nada.
Disse, isso sim, que “armamento nuclear” andava por aí, sem ninguém saber onde.
Nuclear?
Ele disse armamento nuclear?
Disse.
Então mas agora Portugal também já é uma potência nuclear e guarda as suas armas nucleares em Tancos, í mão de semear?!
Note-se que Pedro Santos Guerreiro é um jornalista premiado; ganhou o Prémio de Excelência em Jornalismo Económico, quando era director do Jornal Económico, prémio esse, de 30 mil euros, patrocinado pelo Banco Espírito Santo (dois anos depois, o Banco foi para o galheiro).
De armas é que parece que não percebe peva!