“Dead Man”, de Jim Jarmusch

—Imagens a preto e branco do Oeste americano, como nós o imaginamos e como, de facto, ele é.

Um contabilista de Cleveland (Johnny Depp) viaja de comboio, atravessando oi continente americano. Aceitou um emprego numa metalúrgica kafkiana, numa pequena cidade lamacenta e obscura, cheia de bebâdos e prostitutas.

Envolve-se com uma delas e ambos são apanhados, na cama, por um antigo namorado dela. Quase sem querer, o contabilista, de nome William Blake, mata o ex-namorado, mas também é baleado, junto ao coração.

Ferido de morte, foge da cidade. Desmaiado, é recolhido por um índio (Gary Farmer), que se chama a si próprio Nobody.

É com este índio que William Blake vai fazer uma longa viagem até ao Oceano ou, se quisermos, até ao outro mundo.

Filme estranho, aparentemente absurdo, mas hipnótico. Datado de 1995,  é composto por pequenas cenas, interrompidas com fade-out, faz com que fiquemos presos ao écran esperando a cena seguinte, embora saibamos que nada de especial vai acontecer porque, ao fim e ao cabo, Blake já está morto, quase desde o início do filme…

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