Há uns anos, havia uma frase feita que classificava a nossa democracia como “a jovem democracia portuguesa”.
Portugal só é uma democracia desde abril de 1974 e, comparativamente com a Inglaterra, a França ou os Estados Unidos, há-de ser, sempre uma mais jovem democracia.
No entanto, 35 anos depois do 25 de Abril, o chamado dia de reflexão, em que os partidos não podem fazer campanha e os órgãos de comunicação social não podem falar disso, faz cada vez menos sentido.
De certeza que, na net, dezenas, centenas de blogs estão a ser actualizados com posts sobre as eleições, dizendo, claramente, a intenção de voto dos seus autores.
Eu, no meu caso, vou votar no PS, como fiz há 4 anos, porque defendo o Serviço Nacional de Saúde e o PS tem uma ideia boa para a sua reforma, através das Unidades de Saúde Familiares, por causa do ensino de inglês na instrução primária, pelos 12 anos de escola obrigatória, pela aprovação da lei do aborto, pelo complemento solidário para idosos, pelo cheque-dentista, pelos medicamentos genéricos gratuitos para os reformados com complemento solidário, pelo programa Novas Oportunidades, pela distribuição do Magalhães, apesar dos erros, pelo complemento para grávidas, pela informatização de todos os centros de saúde, etc, etc.
Todas estas políticas compensam, largamente, os erros cometidos – e quanto í história da arrogância, do medo e do autoritarismo, tenham paciência, mas já dei para esse peditório.
Pensei, por momentos, na Manuela Ferreira Leite como primeiro-ministro e ia tendo um enfarto.
O Paulo Portas é postiço e não merece mais que um bocejo.
O Jerónimo de Sousa cheira a bafio e só se mantém porque Portugal teve um líder comunista chamado Cunhal e um ditador chamado Salazar.
Quanto ao Louçã, é o mais perigoso de todos eles. É um moralista de esquerda, um conservador encapotado, um defensor de propostas de ruptura, que não usa gravata mas que, enfim, até nem se importaria de fazer parte de um governo burguês, quem sabe para corroer o sistema por dentro (ah! ah! ah!).
Portanto, Sócrates, apesar de já ter gostado mais de ti, podes contar com o meu voto amanhã.
Há muito que ando pelo Coiso, salvo seja!
Só hoje encho aqui umas letras, talvez por ser dia de reflexão…o feriado eleitoral bateu-me!
Lúcida visão. Só não assino por baixo porque não gosto de abaixo-assinados. Quanto ao resto, claro!
Espero não ter cometido erros ortográficos. Se o fiz, é certo e sabido, já sei que me vais zurzir. Disse bem?
Um abraço sí´tor.
Zurzir com dois zês! Correcto!
Abraços!
Já somos 3! e com os de ca de casa, são mais 3… a coisa vai, não é coiso?
A mim o que me faz impressão é as pessoas desconhecerem metade (ou mais), dessas medidas que referiste já para não falar na reforma da Segurança Social…
Mas ao que parece, o importante é se o senhor é arrogante. Como dizia um colega meu há pouco tempo: também arrogante é o Steve Jobs e se ele fizer um iPod de caca de cão, toda a gente compra e ainda lhe agradecem.
Entre o diálogo ou o consenso do Guterres e a dita arrogância do Sócrates prefiro esta. Claro votei PS.
E parece-me que a teimosia, muitas vezes fundamental, e a arrogância também me parece que com a Manela estaria o país bem servido.
Se é arrogância dizer em público que MMG é parva e perseguia o Sócrates eu gosto.
Vamos esperar mais uma hora e picos.
parece que ficou então em terceiro?
não resisti a “roubar ” a foto do “beijo”…não é para lixar!