A curiosidade deste romance de Philip Roth reside no facto de ser todo escrito em diálogo.
Publicado em 1990, só agora o li, em edição deste ano da D. Quixote (tradução de Francisco Agarez), depois de muitos outros romances posteriores do mesmo autor, alguns deles, épicos.
Talvez por isso, este não me entusiasmou muito – isto para além do facto de ser um pouco difícil de seguir, devido ao facto de ser escrito em diálogo, do princípio ao fim.
No fundo, é uma história banal de dois adúlteros, um homem e uma mulher, sendo que ele é escritor (Roth?) e que aproveita aquela relação extra-conjugal para escrever um livro.
Transcrevo apenas este naco, que não mostra o tom geral dos diálogos, mas que tem graça:
«- A minha mãe ensinou-me a nunca me sentar com a cona í mostra.
– Nem com as pernas por cima dos ombros de um cavalheiro.
– Isso nunca me disse. Acho que nunca imaginou que eu pudesse chegar a esse ponto.»
Outros livros de Philip Roth: “Goodbye, Columbus“, “Némesis“, “A Humilhação“, “O Complexo de Portnoy“, “Indignação“, “O Fantasma Sai de Cena“, “O Animal Moribundo“, “Património“, “Todo-o-Mundo“, “Pastoral Americana“, “A Conspiração Contra a América“, “Casei com um Comunista“.
Já o tenho, espero gostar…