Cheguei ontem da Noruega e viajei, como sempre, em classe económica.
Sou um homem simples, detesto ostentações.
Por isso, percebo perfeitamente o nosso novo primeiro-ministro, quando decidiu optar pela económica, em vez da classe executiva a que tinha direito.
Também ele é um homem simples…
E, ao fim e ao cabo, daqui a Bruxelas, são pouco mais de duas horas de voo; não dá tempo para que o Pedro fique com as pernas dormentes e, considerando a sua idade, ainda não deve sofrer de espondilose…
Mas penso que deve haver outra razão para Passos Coelho ter escolhido a económica, para as suas viagens de avião. E passo a explicar:
Ontem, antes de embarcar em Oslo, o funcionário do check-in informou-me que o voo estava overbooked, havendo quatro passageiros a mais. Assim, a companhia estava disposta a oferecer-me 400 euros, se eu desistisse daquele voo e optasse por um voo Oslo-Amesterdão e, depois, Amesterdão-Lisboa. E ainda ganharia mais milhas, caso tivesse aderido a algum programa de passageiro frequente.
É este o plano de Passos Coelho: ao escolher a classe económica, quando era suposto viajar em executiva, está a contribuir para o overbooking do voo.
Quando deixar o cargo de primeiro-ministro, terá milhas acumuladas que lhe permitirão viajar até ao fim do mundo.
E, quem sabe, não regressar…
Não acredito que o Passos ande a juntar milhas no cartão Victória, até porque, e para quem não saiba, a utilização desses pontos está condicionada a haver lugar no avião, e mais ainda as taxas do bilhete são sempre pagas, o mesmo sucede com as viagens que os funcionários podem utilizar.
Ou seja, se eu quiser ir ao Porto, ida e volta, o bilhete fica por cerca de 150 euros, se utilizar os pontos do cartão Victória, tenho as condicionantes que já falei e tenho que desembolsar cerca de metade do valor, as tais ditas taxas
Vão ao site da coisa e simulem
Quanto ao Passos, historias para encher olhinhos