O Expressionismo surgiu na Alemanha no início do século 20, como um movimento artístico que, de certo modo, se opunha ao Impressionismo, dando mais importância í visão interior do artista ““ í sua expressão.
Aparentemente, o Expressionismo atingiu, agora, a Assembleia da República.
Depois do Ventura ter sugerido que o povo turco gosta pouco de trabalhar, a deputada Alexandra Leitão, do PS, perguntou ao Presidente da Assembleia se um deputado poderia dizer que uma determinada etnia é mais burra que outra e Aguiar Branco respondeu que sim ““ que isso seria liberdade de expressão. Expressionismo, portanto.
Logo a seguir, a deputada do PS, Isabel Moreira veio revelar que os deputados do Chega costumam chamar vacas a algumas deputadas, gostam de mugir, quando elas se levantam e insinuou que, í s deputadas assumidamente lésbicas, chamam determinados nomes (Fufa? Sapatona? Fressureira?).
Por seu lado, uma ex-deputada do PS, africana, disse que um deputado do Chega a cumprimentou com uma boa noite, em pleno dia, numa referência í cor da sua pele.
Também um deputado do Livre afirmou ouvir algumas bocas lançadas pela bancada do Chega e a deputada do PAN também acrescentou mais algumas achas para a fogueira.
Não sei qual é o espanto…
Tudo isto é liberdade de expressão, isto é, Expressionismo.
Aguardamos, a todo o momento, que a Assembleia da República passe rapidamente ao Cubismo.
PS ““ Liberdade de expressão na Assembleia não é novidade. Recordo, a propósito, este texto de marco de 2009