Em 1992, Ezequiel Lino era presidente da Câmara de Sesimbra, eleito pelo PCP.
No dia 5 de Março desse ano, decorria o cortejo carnavalesco daquela vila quando Ezequiel, ao volante de um Volvo, fez menção de percorrer uma determinada rua, que estava cortada ao trânsito pela GNR.
Um jovem cabo da GNR, Viriato de sua graça, barrou o caminho a Ezequiel, que lhe terá perguntado sabes quem sou eu?
Viriato não sabia e não deixou que Ezequiel passasse.
Vai daí, Ezequiel acelerou, levou Viriato pelo ar um par de metros e continuou o seu caminho, sem se preocupar com o estado de saúde do cabo, que teve que ser socorrido no hospital de Setúbal.
Passaram 18 anos e eis que a PSP de Oeiras decide rebocar o carro da filha de Ezequiel, que estava estacionado numa passadeira para peões.
Irado, Ezequiel – agora adjunto do presidente da Câmara de Oeiras, Isaltino Morais – foi í esquadra da PSP e, palavra puxa palavra, agrediu um agente com um pontapé, um empurrão e uma dentada!
Quer dizer, quando era do PCP, um partido organizado e com uma longa história, Ezequiel agrediu a autoridade com um veículo automóvel.
Agora, que não passa de adjunto de um presidente que nenhum partido quer como candidato, tem que agredir a autoridade í dentada!
E a crise…