O primeiro-ministro húngaro foi apanhado a dizer que o governo tinha que mentir ao povo, de manhã í noite, para justificar as medidas de austeridade económica, impostas para que o país possa aderir í União Euroipeia. Uma inconfidência que alguém gravou e passou í comunicação social.
Os húngaros vieram para a rua, exigiram a demissão do governo, deitaram fogo a carros, apedrejaram a polícia e provocaram o caos em Budapeste. Dizem que tudo foi orquestrado pela a extrema-direita, mas o que é certo é que mesmo os apoiantes do primeiro-ministro ficaram muito desiludidos com a performance de Ferenc Gyurcsany.
Não se mente assim ao povo.
Aliás, não se diz, em voz alta, que se mente assim ao povo.
A Hungria ainda é uma jovem democracia. Ainda tem muito que aprender.
Portugal podia dar-lhe uma ajuda, não?…
Sem dúvida. Nós pelo menos, quando temos eleições, já sabemos que a escolha é entre o péssimo e o mau, entre o vigarista e o corrupto, ou entre o incompetente e o inutil.