A história conta-se resumidamente.
Uma empresa irlandesa, a Dotcom Directories, publicou um anúncio de emprego que dizia: “se for fumador, não se incomode em responder”.
A eurodeputada irlandesa, Catherine Stihler, do Partido Trabalhista, interrogou a Comissão Europeia: não estaríamos perante um caso de discriminação?
A Comissão Europeia respondeu, através da voz do Comissário do Emprego e Assuntos Sociais, o checo Vladimir Spidla: “a legislação anti-discriminação europeia proíbe a discriminação no emprego e noutras áreas com base na raça ou etnia, numa deficiência, na idade, na orientação sexual, na religião ou crenças”.
Assim sendo, recusar um emprego a um fumador “não parece enquadrar-se em nenhuma das situações acima mencionadas”, acrescenta o checo.
O director da Dotcom, Philip Tobin, justifica-se, dizendo: “mesmo que as pessoas façam uma pausa para fumar, quando voltam ao seu lugar, tresandam a tabaco”. E acrescenta que “fumar é idiota”, pelo que se as pessoas o fazem é porque “não têm o nível de inteligência” que é pretendido para a sua empresa.
Isto quer dizer que pessoas como, digamos, Freud, Sartre, Malraux, Brel, Bogart, ou mesmo Vasco Pulido Valente (para não falar em mim próprio), nunca poderiam trabalhar na Dotcom Directories. E ainda bem, porque o tal senhor Tobin deve ser um idiota chapado.
O que me preocupa é o facto de a Comissão Europeia adoptar uma atitude deste tipo. Portanto, se ser fumador não é característico de uma determinada raça, orientação sexual ou crença religiosa, não é discriminatório recusar-se um emprego a um fumador.
Isto quer dizer que a porta está aberta a recusar emprego a gordos, carecas, tipos com piercing, grávidas, tipos tatuados, gajos demasiado altos, sujeitos baixinhos e por aí fora.
Esta atitude da Comissão Europeia é mais uma prova de que existe, mesmo, uma campanha histérica anti-tabagismo, que está a assumir uma dimensão deveras preocupante.
Como fumador, aceito as restrições cada vez maiores, impostas aos fumadores e acho adequado que se proíba o fumo nos locais públicos, incluindo restaurantes. Não me custa nada vir cá fora fumar um cigarro, no final da refeição, de modo a não incomodar o resto das pessoas e também não fumo no meu local de trabalho – aliás, nem fumo na minha própria casa, se estão presentes pessoas a quem o fumo incomoda. Agora, não poder candidatar-me a um emprego porque sou fumador, começa a cheirar a hiper-nipo-nazi-fascismo!
As grávidas já são discriminadas há muito tempo… ou achas que alguma empresa contrata uma gaja que vai tirar licença de parto dentro de pouco tempo?
Claro que são! O problema não é esse: o problema é considerar-se que, desde que as situações não incluam raça ou etnia, orientação sexual, etc, não existe discriminação. E a diferença é que ainda não vi nenhum anúncio de emprego a dizer: “se pensa vir a engravidar, não se incomode em responder”
Quando eu tiver uma empresa não vou empregar irlandeses, pessoas que vejam a TVI e pessoas que digam adeus para as câmaras…Aliás não vou empregar ninguém porque na realidade eu não vou ter nenhuma empresa porque na realidade eu não me apetece trabalhar´, só me apetece FUMAR!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!ao pé dos irlandeses e da Comissão Europeia.
eu ate fumo uns cigarritos de vez em quanto (pelo menos dois massos por dia) e tenho reparado tb nesta “descreminaçao” relativa a quem fuma…mas o tipo de pessoas q me parecem ser cada vez mais descreminatórias são os ex-fumadores
alguns deles deixaram de fumar nem í uma semana e qd sacamos de um cigarrinho para fumar enquanto bebemos o nosso cafézinho e croft dizem logo eles “não vais acender isso aqui ao meu lado ou vais?”, felizmente para estes meus amigos eu tenho sempre a resposta do custome “qts cigarros já acendeste ao meu lado desde q nos conhecemos?”
Apesar de não ser fumador, esta é uma questão que tem que ser imediatamente travada. Como é possível esta estupidez?! Quando as sociedades tendem a ficar extremamente puritanas dá nisto.
Como é que alguém pode não recrutar alguém por essa pessoa ter gosto em fumar, porque isso não é para inteligentes?!
É preocupante termos leis que têm tão nobres preocupações em igualdade de oportunidades e actuantes nalguns domínios e não existir uma resposta pronta para algo tão estúpido quanto isto.
Caro Coiso, não pude deixar de ler a tua crónica, e por mais que eu concorde contigo, chego í triste conclusão que nós, os fumadoes, somos cada vez mais descriminados neste mundo que nos rodeia. Nos países muçulmanos acontece o inverso, será por isso que os ocidentais estão sempre em guerra com eles?
É melhor apagar a frase anterior, apenas porque é uma excelente dica para o bush invadir 7 ou 8 países.
É algo bastante mais credível e que põe mais em questão o estilo de vida ocidental do que a existência de armas quimicas no Iraque…
Equiparar os fumadores a gays e lésbicas é que não. Senão um dia destes vamos ter a Smoking Parade, com todos os fumadores do país a descer a Av. da Liberdade fumando o seu cigarrinho e a gritar palavras de ordem!
“Isto quer dizer que a porta está aberta a recusar emprego a gordos, carecas, tipos com piercing, grávidas, tipos tatuados, gajos demasiado altos, sujeitos baixinhos e por aí fora.”
Isto, por acaso, vai acontecendo um pouco todos os dias… os fumadores agora começam, também a levar por tabela.
Sou não fumador (mentiroso, aquelas cigarrilhas Monte Cristo também contam) mas acho simplesmente ascorosa semelhante decisão.
Daqui a pouco, todos aqueles que tenham uma frequência de flatulação superior a quatro peidos diários, não serão admitidos em lado nenhum!!
Smoking Parade! Ora aí está uma excelente ideia!
Eu até vou buscar umas cigarrilhazitas so para me juntar ao movimento!!
Deixem de fumar!
porque não restaurantes só para fumadores ?
sem acesso a não fumadores
olha eu concordo plenamente
mas no meu caso sao os piercings… eu tenho varios e td lugar q eu tentei arrumar emprego me pediram pra retirar eles coisas q eu non farei…
tratam as pessoas tatuadas e com piercings como c fossem mostros…
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Como vi que é fumador decidi informa-lo que a partir de amanhã, dia 17 de Janeiro, a churrasqueira do campo grande, em Lisboa, começará a ser um estabelicimento para fumadores. Cumprimentos
Pois é, eu cá não contrato ninguem que não fume. O sol quando nasce é para todos, esses tipos são doentes quer fisicamente quer mentalmente. Não faço reuniões com não fumadores, não consumo onde não há pelo menos um banquinho para fumadores, e é o que todos deviam fazer. Esta gentalha só conhece mesmo a lei dos euros, vão-lhes ao bolso e mudam logo de opinião.
A minha empregada domestica não fumava de modo que tive de a despedir no dia 1 de Janeiro. Os meus amigos não fumadores vão para a varanda quando me apetece fumar em casa. Ou há igualdade ou comem todos, eu também vou fumar para a varanda em casa deles. Não gostam ? Azar, não apareçam que não fazem faltya nenhuma.
Pois a mim já me ocorreu o seguinte: numa entrevista de trabalho para recepcionista de uma médica onde são feitas, inclusivé, ecografias, perguntou-me logo se eu tinha a intenção de engravidar e se era casada. Talvez a nossa cara espécie necessite de um passo gigante: qual cavalo marinho, que o macho carrega a prole no ventre e dá í luz. Quanto ao ser casada, essa médica ou é lésbica ou quer ser a madrinha. Ah, é verdade, a do tabaco já me aconteceu.
Não vejo porquê tanto escarcéu. Cada cidadão é livre de fumar ou fazer o que bem entender e cada dono de empresa é livre de seleccionar os seus emptregados segundo os critérios que bem entender.