O incrível Alberto João Jardim disse, aos jornalistas, que não havia ninguém em Portugal que “tenha testículos” para aceitar que o referendo sobre o aborto não foi vinculativo.
Desta vez, AJJ foi comedido. Não disse, por exemplo, que “Sócrates não tem tomates”, ou mesmo que “o governo não tem colhões”.
Ficou-se pelos testículos.
Está mais moderado, o líder madeirense.
Sinal dos tempos?
Sinceramente, fiquei desiludido com AJJ.
Ele, que costuma ser um homem com tomates para dizer o que lhe vai na alma, não teve tomates para dizer tomates.
Ou colhões.
Só testículos.
Está a amolecer.
Não tarda nada, está a elogiar Sócrates.
Se ninguém tivesse tomates em Portugal nem fazia sentido fazerem referendos sobre o aborto!
Gostei de ter passado por aqui!
Abraço
BisMarques
Há tempos AJ chamou bastardos a alguns jornalistas adiantando que os chamava assim para não lhes chamar de “filhos da puta”. É evidente que, desta vez, bem podia utilizar o termo ” tomates” em vez de testículos. Só lhe ficaria bem manter a mesma linguagem de governante todo-poderoso permanentemente intocável pelas nossas hostes politicas sempre medrosas do continente.
Quando alguém usa uma linguagem, digamos, “mais forte”, acaba por ser mais insultuoso usar os termos certos. Neste contexto (isto é, no contexto do AJJ), é mais insultuoso dizer “testículos”, do que “tomates”.
A prova de que amoleceu é que já há uns anos que não se emborracha no carnaval. Já nem me lembro do o ver de cuecas. Bem, isso é positivo.