Título do DN de hoje:
«Investigadora alerta para o aumento “drástico” do risco de acidentes com javalis»
Fui ler a notícia, ligeiramente alarmado. Depois de um dia de tempestade, em que postes de alta tensão e árvores caíram sobre as estradas e depois de ter feito uma viagem tranquila de quase 300 quilómetros, fiquei preocupado por não ter abalroado um único javali.
É que, segundo Estrela Matilde, investigadora da Universidade de Évora, registaram-se 221 acidentes rodoviários com javalis nos últimos 12 anos, nas estradas do Alentejo e do Algarve. Caramba! São quase 18 acidentes por ano, mais do que um por mês!
E a investigadora diz que este número deve estar muito abaixo da realidade porque, diz ela, «falei com algumas pessoas e a maior parte delas disse-me que levou o javali para casa para compensar de alguma forma o estrago no automóvel».
Resta saber se alguns automobilista não atropelam os javalis de propósito para se aboletarem, depois, com uns excelentes bifes e umas suculentas costeletas í borliu!
Logo acima desta interessante notícia, o DN publica outra, igualmente notável.
O título é: «Sete pessoas atropeladas por dia nas zonas urbanas».
Coitadas dessas sete pessoas!… Atropeladas todos os dias!…
Ontem, apesar do temporal que varreu o país, realizaram-se manifestações em várias cidades do país, organizadas pela Federação Portuguesa de Cicloturismo e Utilizadores de Bicicleta. Segundo o seu presidente, José Manuel Caetano, em 2012, foram atropelados 3557 peões e/ou ciclistas.
Mais, muito mais, do que os javalis…
E, muito provavelmente, este número também deve estar subvalorizado porque alguns automobilistas são muito capazes de levar o peão ou o ciclista para casa, para compensarem os estragos nos automóveis…
– “Querida! Olha o que eu trouxe para o jantar!”
rsrsrs