Os Beatles continuam a ser um grande negócio.
Segundo os jornais,uma semana depois de, finalmente, terem sido disponibilizados para venda no iTunes, os álbuns dos Beatles já tinham vendido mais de 450 mil exemplares e tinham sido vendidas mais de dois milhões de canções!
O álbum mais vendido tinha sido o “Abbey Road” (aprovo, mas aconselharia o álbum branco…) e, nos Estados Unidos, “The Beatles Box Set”, que junta todos os álbuns dos Beatles, e que custa 200 dólares, estava em 10º lugar no top de vendas!
Sou fã desde os 11 anos. Por volta de 1964, o meu tio Xico, jornalista do Mundo Desportivo e que acompanhava o Benfica nos jogos da taça dos Campeões Europeus, trouxe-me o meu primeiro EP dos Beatles. Era um 45 rotações com quatro canções tiradas do álbum “A Hard Day’s Night”. Incompreensivelmente, perdi o rasto a esse clássico, como a muitos outras preciosidades, que se diluíram na bruma da história…
E nunca me senti desiludido com os Beatles. Mesmo quando se separaram, aplaudi. Estávamos em 1970 e começavam a apetecer outras coisas. Acabaram antes de nos fartarmos deles.
Sendo um fã assim tão fiel, sou suspeito quando digo que gosto deste disco “Jazz and Beatles”. Os puristas do jazz hão-de chamar-me nomes, porque isto é um jazz de pacotilha, de lóbbi de hotel, de elevador de centro comercial, de sala de aeroporto. Os puristas dos Beatles, aqueles que acham que o Beatle mais importante não era o piroso do McCartney, nem o falso revolucionário do Lennon, mas sim o místico Harrison, hão-de dizer que as versões destas 12 canções dos Beatles desvirtuam os originais e não têm graça nenhuma.
Que se lixem!
São 12 canções dos Beatles, que gosto sempre de recordar, e com uma roupagem “cool”, que lhes fica bem, nomeadamente “Honey Pie” ou “Oh! Darling”, por exemplo.
olá Artur, essa colecção já tem uns anos e dão as tais roupagens, Mas é sempre a mesma roupagem. Não ouvi esse dos Beatles mas já sei como é a voz, os arranjos, etc. Estes CDs são o equivalente ao pan pipe moods de há uns anos. Uma vez num consultório estive na sala de espera a ouvir coisas tocadas em flautas dos Andes (sintetizadas) que foi desde a Enya aos U2 passando por Guns and roses. Horrível. Nunca mais fui ao médico.
Por acaso, este disco é de 2010, embora a colecção seja antiga. Que se lixe! Se tiver que me submeter a um toque rectal, que seja a ouvir estas músicas, nem que sejam tocadas pela Filarmónica da Carris – e não compare isto com o pífaro!