“Juliet Nua”, de Nick Hornby (2009)

—Nick Hornby escreveu um livro muito bem conseguido, chamado “Alta Fidelidade” (1995), que foi adaptado ao cinema, com a realização feliz de Stephen Frears e a interpretação inspirada de Jonh Cusack.

E isso chegava para que Hornby tivesse o seu quinhão no “hall of fame” dos escritores populares.

Os restantes livros de Hornby são muito menos interessantes e deixam pouca marca (“Era Uma Vez Um Rapaz” (1998), “Como Ser Bom” (2002), “Um Grande Salto” (2005) e “Slam” (2008).

Este “Juliet Nua” é, talvez, o menos interessante de todos.

Conta-nos a história de Duncan e Annie, um casal inglês, quarentão, que vive uma vida triste, rotineira e sem filhos, numa terrinha igualmente triste e sensaborona. Ela é conservadora do desinteressante museu local e ele é professor, tendo como único interesse na vida a figura de um obscuro músico rock dos anos 80, o norte-americano Tucker Crowe.

Este último, depois de lançar o álbum que seria o melhor da sua carreira, chamado “Juliet”, retira-se para parte incerta e nunca mais dá sinal de vida.

Depois de algumas peripécias, Tucker acaba na cama de Annie, mas só por uma noite. Ou talvez não.

A história é curta, praticamente não há personagens secundárias nem histórias paralelas e a escrita de Hornby, que se quer coloquial, acaba por se tornar enfadonha e, por vezes, difícil de seguir – e a culpa não deve ser da tradução.

Bom para se ler no aeroporto (o que não foi o caso…)

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