Notícia do DN de hoje:
«Um homem de 59 anos assaltou por sete vezes no espaço de apenas um mês a mesma caixa de esmolas da Capela do Senhor dos Aflitos, em Valença, de onde levava dinheiro para tabaco ou bebidas».
Este delicioso parágrafo diz-nos várias coisas:
1º – que alguém contou quantas vezes o homem gamou a caixa das esmolas
2º – que, se o homem estava aflito por dinheiro, foi ao sítio certo: Capela do Senhor dos Aflitos
3º – que, se o homem gastasse o dinheiro roubado em feijão verde ou peixe ou pão, talvez não fosse notícia
Perante este desaforo, o que aconteceu?
«A GNR montou uma operação de vigilância no local e na última vez apanhou-o em flagrante, durante a madrugada»
Nunca visitei esta Capela mas, pelo que conheço das capelas de Portugal, deve ter lugar para o altar, a caixa das esmolas, o ladrão e, no máximo, dois GNR’s, desde que não tenham o abdómen muito proeminente.
Pergunto: onde se terão escondido as autoridades para surpreenderem o larápio?
A notícia prossegue:
«Fontes da paróquia contactadas pelo DN estimaram o montante destes furtos em “algumas dezenas de euros”, admitindo a necessidade de reforçar a segurança, mas sem adiantarem mais pormenores»
Reforçar a segurança?
Três GNR’s em vez de dois?
E ainda bem que “não adiantaram mais pormenores”. Não queremos que futuros ladrões conheçam os planos de segurança que vão ser implementados na Capela do Senhor dos Aflitos!
Mas isto levanta uma questão bíblica: será que os responsáveis pela Capela declaram IVA pelas esmolas? Não estarão eles a fugir ao fisco e, no fundo, a roubar o Estado?
Sendo assim, o ladrão terá cem anos de perdão, ou não?…
PS – Obrigado, correspondente do DN em Viana do Castelo, por mais uma notícia formidável!
Lá está novamente o Sr. Dr.º a meter foice em seara alheia! (não confundir com a do Nandinho).
Tenho um substantivo para si, caro Dr.º: concordata.