Quando vi que as classificações dos críticos, no Diário Notícias, iam de “excepcional” (João Lopes), a “de fugir” (Pedro Mexia), passando por “com interesse” (Eurico de Barros) e “bom” (Nuno Carvalho), fiquei logo com vontade de ver este filme.
Por isso – e só por isso – a melhor cena, para mim, é aquela em que o crítico de cinema é devorado pelo monstro.
De qualquer modo, eu iria sempre ver um filme de Shyamalan que, até agora, ainda não me desiludiu.
Não é, de facto, o melhor dos seus filmes que, para mim, ainda é “Signs”, mas é uma história de fadas bem contada e com alguns pormenores insólitos, que a tornam especial: o inquilino que só faz musculação aos membros do lado direito, a inquilina asiática, que não fala inglês e que, através da tradução fornecida pela filha, vai fornecendo pistas ao responsável pelo condomínio, o sul-americano e as suas cinco filhas, o veterano de guerra, sempre fechado na sua casa, mas de porta aberta, vendo documentários militares.
Pelos vistos, a Miramax, que produziu os anteriores filmes de Shyamalan, não gostou muito deste projecto, mas a Disney foi na conversa. E, de facto, o filme integra-se bem no espírito Disney.
Estranho o facto de Shyamalan deixar passar tantos “erros”, nomeadamente, o microfone que, por três ou quatro vezes, se vê perfeitamente, no topo do écran.
Paul Giamatti faz um excelente porteiro, gago, tímido e conservador, ex-médico, que muda de vida depois de lhe terem morto a mulher e os filhos. No final, será ele o curandeiro, que devolve a vida í “sereia”.
E não vale a pena fazer interpretações selvagens. A história é bonita e sabe bem ver um filme destes, de vez em quando.
Gostaria de acordar contigo, mas de facto para mim o filme desiludiu-me um pouco. É de todo possível que eu estivesse í espera de outro tipo de fantasia, que um filme deste género pudesse oferecer, mas não correspondeu com o que tinha imaginado para ele.
Quando a história começa a desenrolar-se, achei demasiado “infantil” a forma como as pequenas dicas vão aparecendo, duma forma quase oferecida. Gostava que com a história por detrás do filme, tivessem feito algo com que eu ficasse a pensar durante alguns dias, algo mais mágico.
No fim de contas o bilhete de cinema não foi um total desperdício, mas aqueles quatro euros podiam ter rendido muito mais..
Cumprimentos.
PS: É a primeira vez que comento, mas tenho observado o blog há algumas semanas e há muito tempo que desejava ter um espaço onde publicasse os filmes que ando a ver. Está aqui um bom blog, com um Português de Camões com ótimos conteúdos.
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