A sensação que dá é que os argumentistas desta série andam í pesca e vão construindo o argumento í medida que a série vai evoluindo. Depois, adaptam os “flashback” ou o percurso das várias personagens, conforme os acontecimentos. A flexibilidade do argumento até lhes permite matar uma personagem e fazê-la reaparecer mais tarde, num “flashback” ou numa alucinação qualquer.
Convenhamos no entanto, que a série perdeu metade da graça que tinha, í medida que se vai percebendo que os Outros, enfim, são assim uma espécie de seita. E depois, há alguns pormenores místicos que me desagradam, bem como algumas idiossincrasias demasiado estapafúrdias, como o urso polar e a mancha negra que, de vez em quando, ataca as pessoas.
Mas, como já disse, a propósito da 2ª série, se entrarmos no espírito da coisa e se partirmos do princípio que, está-bem-abelha-o-tal-Jacob-e-a-especialista-em-fertilidade
-e-a-força-da-ilha-e-tal-e-coisa, a série ainda se vai papando e ainda não aleija a inteligência.
No entanto, não deixo de pensar que os writers perderam uma boa oportunidade de fazerem uma grande série, porque o material dava pano para mangas se, em vez de seguirem o caminho mais ou menos místico, optassem por algo mais ligado í teoria da conspiração, tipo “ilha secreta onde se fazem experiências esquisitas, í s escondidas do resto da humanidade”.
Por exemplo…