Toni Morrison, aliás, Chloe Ardelia Wofford, nasceu em 1931, no Ohio, e foi galardoada com o Prémio Nobel em 1993.
“Love” é o seu oitavo romance e conta-nos a história de Bill Cosey e dos seus amores.
A diferença é que a história é contada através das mulheres que rodearam Cosey, nomeadamente, a filha e a segunda mulher, que têm praticamente a mesma idade, já que Cosey casou com uma miúda de 11 anos, quando já tinha uma filha, mais ou menos com essa idade.
A outra diferença é que a história é contada aos solavancos no tempo, para trás e para a frente, nem sempre desvendando tudo e o leitor tem que ir juntando as peças do puzzle.
Só bem a meio do livro se tem uma ideia geral do que se passa e, mesmo assim…
Confesso que antes de ler este livro desconhecia que Toni Morrison era afro-americana. Depois, quando tomei conhecimento desse facto, percebi melhor a sua escrita. De facto, ao lermos esta história, só perifericamente damos conta que estamos perante personagens de raça negra.
A escrita de Toni Morrison é “poética”, no sentido em que utiliza imagens novas para descrever acções e sentimentos, mas a leitura do livro não é fácil e requer atenção redobrada.
A edição da Dom Quixote, com a tradução, penso que correcta, de Maria João Freire de Andrade, tem um erro de português indesculpável na página 147: «Ele estava ali para o que ela precisa-se».
Não se admite!
Li esse livro há uns anos, atraiu-me pela capa e pela sinopse, mas não adorei. E acabei por devolver o outro que tinha í espera, Beloved.
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