No Macacos sem galho decorre uma acesa discussão a propósito do computador Magalhães e da e-escolinha (http://www.macacos.com/2008/09/23/viva-o-magalhaes/).
Parece que, afinal, a tecnologia de ponta que o Sócrates diz que o Magalhães tem, já não é tão de ponta assim – dizem os críticos. Um dos fulanos que participa na discussão diz esta coisa enigmática:
“O portatil que eu dava aos alunos seria um com 32 megas de ram, disco de 512 megas, grafica de 2 megas, o s.o. seria linux ou bsd. Não precisavam mais do que isto. Queriam fazer processamento de texto, usavam latex, queriam fazer graficos usavam o gnuplot, queriam usar a calculadora ou abriam a shell de alguma liguagem interpretada ou então xcalc. Navegar na net era o lynx (caso precisasem de algo grafico que usem o “…links -g””). Querem fazer desenhos? usem papel e lapis (ou então o xfig que é poderosissimo)! Assim tornavam-se homemzinhos!”
Eu e 98% dos miúdos do ensino básico ficamos de boca aberta! Então, os putos podiam ter um sistema operativo linux, ou mesmo bsd, e não têm?! Que é lá isso, ó Sócrates? Está a roubar aos nossos infantes a possibilidade de usarem o “gnuplot”, seja lá isso o que for?! (a propósito: “bsd” quererá dizer “bondage-sado-masok”?)
Primeiro-ministro da treta, é o que tu és!
Sinceramente, a mim, parece-me uma ideia estrangeira, esta, a de fornecer portáteis aos putos do ensino básico e secundário. Quando percebi que isso se estava a passar em Portugal, pensei, por momentos, que tinha mudado de país.
Claro que o Sócrates e todo o Governo se aproveita do Magalhães para fazer auto-propaganda. Eu faria o mesmo. Os gajos do PSD fariam o mesmo (os gajos do PC, BE e CDS não fariam o mesmo porque nunca terão hipótese de chegar ao Poder, caso contrário… fariam o mesmo…).
A ideia é óptima e merece aplausos, o nome do computador é bem esgalhado (Magalhães ou Magajanes é conhecido em todo o mundo) e só gajos com o espírito do Velho do Restelo é que podem estar contra uma coisa destas.
Habitualmente leio os seus posts. Para não perder muito tempo com as razões resumiria e muito,… até porque os acho ‘bem esgalhados’ como agora se diz. Mas este, este não me pareceu nada feliz! Independentemente de introduzir mal o problema, arrasta para aqui uma opinião algo infeliz. Deixe-me levantar duas questões:
– A questão do ser ou não ser português é, quer queiramos quer não, um problema de seriedade, de credibilidade, de muitos etcs. E aqui o problema não está na máquina. Está mesmo no resto.
– Faz-me alguma, senão muita confusão, ver um miúdo do ensino básico a teclar Word; Excel; Powerpoint, quiçá Access etc. Será esta configuração de software a indicada para as idades propostas? Isto para já não introduzir a problemática da propriedade dos softwares o que daria ‘pano para mesmo muitas mangas’.
Porventura como escreveu, a ideia é óptima, eu acrescentaria que foi mal ‘esgalhada’ e pior aplicada. Há aqui algo de Portuga, não há?
E por aqui e por ora me fico!
Cumprimentos,
“E só gajos com o espírito do Velho do Restelo é que podem estar contra”.
Posso estar a dizer uma asneira mas, tenho ideia de que o Caixa Mágica é uma distribuição (não grátis?) de linux.
Se funciona com o Caixa Mágica pode funcionar com outra distribuição linux logo, o problema da “propriedade” do software está parcialmente resolvida uma vez que linux é open source (código aberto, para que quem quiser o possa desenvolver).
Se o Magalhães é 100% “Tuga” ou não, honestamente, nem quero saber. Só a possibilidade de ele nos fazer baixar o combustível já vale a pena a mentira.
Já diz a anedota: “… a esse preço queres o quê? Camarões?!”
cada coisa no seu lugar. este magalhaes ainda vaidar mauito que falar
http://chbm.net/portugal/magalhaespedagogico.chbm
http://debateeducacao.blogs.sapo.pt/9433.html#cutid1
“…E só gajos com o espírito do Velho do Restelo é que podem estar contra”.
Não! Está enganado! Eu não estou contra! No entanto tenho e introduzi algumas dúvidas e questões, de resto bem e melhor retratadas nos endereços acima e que em meu entender mereceriam melhor atenção.
E já agora: O assunto é sério, pode brincar-se com ele, mas não deixa por isso de ser… muito sério. ‘Magalhãezes’, outros que tais e acordos Microsoft podem, repito, podem estar a empenhar seriamente o futuro do e o desenvolvimento tecnológico em Portugal. Mas a explanação disto infelizmente não cabe aqui.
Pronto, pronto… estamos entendidos… o Sócrates vendeu-se í Microsoft…
Mas os putos do ensino básico não têm nada a ver com essas guerras e, como já diz o povo: «a cavalo dado, não se olha o dente»…
Pronto… . Também sempre achei que acabaríamos por nos entender! E por isso prometi-me a mim mesmo que não o voltaria a ‘chatear’. E se calhar vou mesmo cumprir a promessa! Mas se sobre o assunto quer soltar umas boas gargalhadas (eu não resisti! Vale a pena ler o artigo e ver o filme!) deste link > http://paulocarvalhotecnologias.wordpress.com/2008/09/29/deformacao-%C2%ABmagalhaes%C2%BB/
Caro RubenJC: fui í morada que me indicou e encontrei um texto escrito por um professor que dá erros de ortografia.
Cito:
“Primeira nota triste do evento: a organização distribuiu «pen drives» de um Gb, oferta da Intel contendo toda a documentação. Acontece que tinham umas 100 unidades para dar a 200 pessoas. Claro que metade (incluindo eu) ficámos a ver navios, havendo dignos colegas que se assambarcaram de duas ou mais, facto que também não me causa qualquer espanto. Mas para a Organização tratou-se de mais uma normalidade!”
“Assambarcar”? É “açambarcar” que se escreve…
Ao ler o referido texto, fiquei com a impressão que os 200 professores tiveram a formação que mereceram…
Nem mais! E ainda por cima “com russos a lerem powerpoints em pseudo inglês, escritos em Português…” não devem ter ‘assambarcado’ grande coisa do conhecimento que se pretendia.
E por aqui me fico.