Luís Filipe Menezes é médico pediatra.
Penso que não exerce porque, em 1987, dez anos depois de se formar, foi eleito deputado pelo PSD e, entre 1997 e 2013, foi presidente da Câmara de Vila Nova de Gaia.
Não lhe deve ter sobrado tempo para tratar de criancinhas.
Ainda bem para elas.
Agora que já não é presidente de coisa nenhuma, surgem notícias de que poderá ter enriquecido ilicitamente.
Parece que é qualquer coisa relacionada com lixo, mas isso também não é importante.
O que importa é a reacção de Menezes.
Na sua página no Facebook, Menezes diz que está a ser «sujeito a um ataque de homicídio pessoal e político inacreditável».
Esta frase do autarca pediatra faz supor que existem homicídios impessoais.
No fundo, deve ser uma espécie de homicídio involuntário; isto é, um tipo dá um tiro para o ar e a bala atinge uma senhora que está a sacudir os tapetes í varanda. Trata-se de um homicídio impessoal.
No caso de Menezes, a coisa é mais direccionada: a ideia é mesmo matar o homem, pelo que é um homicídio pessoal.
Menezes, além de pediatra e autarca, mostra ser, também, um profundo conhecedor da língua portuguesa.
Obrigado, Luís Filipe!
Homicídio impessoal, só do Impensável, quer dizer, do Menezes.