Se eu disser que “Milk” não me aqueceu nem arrefeceu, posso ser acusado de homofobia, mas não é o caso.
Por qualquer razão, que não tem a ver com preconceitos, o filme não me tocou, como outros filmes sobre grupos específicos da sociedade, que são marginalizados.
Notável, de facto, a interpretação de Sean Penn, que lhe valeu, este ano, o óscar para melhor actor. O filme ganhou, ainda, o óscar para melhor argumento original e não se percebe bem porquê, uma vez que se “limita” a contar uma história verídica: a luta de Harvey Milk pela igualdade de direitos dos homossexuais.
A luta dos homossexuais norte-americanos pode ter sido (e ainda ser) uma luta digna da nossa solidariedade mas, neste filme, os poderosos inimigos dos gay são de tal modo caricaturados que o filme não conseguiu convencer-me.
Ainda não vi aqui nada sobre os filmes do Lars von Trier e preciso de uma segunda opinião.
Tirando o Dogville, que adorei, são um bocado estranhos. Vi agora o Anti Christ e… é estranho. O prólogo é a melhor parte de todo o filme. O resto… é estranho! Sugere a existência de um sobrenatural, uma demonização da mulher, mas não vai muito além disso. Enfim, ficou-me uma sensação de falta ali alguma coisa…