Falciano del Massico é uma pequena localidade, a 50 km de Nápoles, com apenas 3700 habitantes, mas sem cemitério.
Como forma de protestar contra esta falha, o presidente da câmara local, Giulio Fava, publicou um decreto municipal que proíbe os munícipes de morrerem.
Leram bem: em Falciano del Massico é proibido morrer.
Só que, esta semana, dois cidadãos resolveram infringir a lei e morreram mesmo.
Fava não sabe o que há-de fazer.
Que castigo se aplica a dois cidadãos que não cumprem a lei, mas que estão falecidos?
Esta singela história mostra bem como há sempre ovelhas negras na melhor das democracias.
Que melhor forma de se protestar contra o facto de não termos um cemitério, se não recusarmos morrer?
E, mesmo assim, tinha que haver dois palermas a furarem o protesto!
Claro que em Portugal, isto seria impossível, já que o ministro Miguel Ervas nunca permitiria que uma comunidade com apenas 3700 habitantes tivesse direito a ter um presidente da Câmara – quanto mais um cemitério!