Montenegro contra o soprismo

Na reunião sobre comunicação social, o primeiro-ministro Luís Montenegro disse:

“Fazer a pergunta que o outro sopra ao ouvido não é jornalismo”

Apesar desta afirmação sensacional, Montenegro recusou-se a explicar o que substituiria o soprismo.

Alguém aventou a hipótese de os jornalistas passarem a usar cábulas onde registariam todas as perguntas possíveis e imaginárias que gostariam de fazer.

As senhoras jornalistas poderiam passar a escrever essas cábulas nas coxas e, durante as conferências de imprensa (raras, como se sabe), puxariam as saias para cima, discretamente, para relembrar as perguntas que teriam de fazer ao Montenegro.

Os homens poderiam, por exemplo, escrever as perguntas possíveis nas palmas das mãos.

Tudo menos usar auriculares!

Outra possibilidade poderia ser o Governo de Montenegro usar alguns jornalistas para soprar perguntas divertidas aos ouvidos dos colegas.

Por exemplo: “pergunta ao gajo se, por acaso, esta bêbado!”

Outra: “pergunta-lhe há quanto tempo não manda uma queca!”

Com perguntas destas, os jornalistas ficariam muito mal-vistos e acabavam por desistir de fazer perguntas e Montenegro ficaria, finalmente, livre dessa espécie incomodativa.

Ainda estamos longe, mas cada vez mais perto…

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