Morreu ontem, aos 71 anos, na sequência de neoplasia do pâncreas, o teclista e fundador dos Deep Purple, Jon Lord.
Juntamente com os Led Zeppelin, os Deep Purple eram dos meus grupos preferidos, nos anos 60 e 70 (agora, dir-se-ia “bandas” e não “grupos” ou “conjuntos”), mas os Deep Purple tinham uma característica única, conferida por Jon Lord e que era a tentativa de fazer a fusão entre o rock e a música dita erudita.
Em 24 de Setembro de 1969, Lord conseguiu que o seu “Concerto for Group and Orchestra” (cá está, “grupo” e não “banda”…) fosse tocado no Royal Albert Hall, pela Royal Philarmonic, conduzida por Malcolm Arnold.
Há quem diga que estas tentativas eram como a água no whisky – estragavam o rock e estragavam a música erudita.
Eu gostei e ainda gosto, de vez em quando, de ouvir o disco, que foi editado em 1977 e que saiu em cd em 1990.
Lord começou a estudar piano aos 5 anos e era fã de Bach e isso nota-se nos seus intermináveis solos, em que o fraseado “clássico” é bem evidente.
Em 1968, formou os Deep Purple, juntamente com o baterista Ian Paice.
A banda teve várias formações, mas estes dois mantiveram-se até que, em 2002, Lord abandonou as lides.
A formação com mais sucesso foi a que contou com Lord, Paice, Ian Gillan (voz), Richie Blackmore (guitarra), Roger Glover (baixo).
Lord é co-responsável pelos grandes êxitos dos Deep Purple, desde “Speed King”, passando por “Smoke on the water”, “Child in time” e muitos outros.
Aqui fica um solo de Jon Lord, para ir recordando: