Um simpático adepto do Benfica entrou em campo, em Guimarães, para recepcionar uma camisola que um jogador lhe queria fazer o obséquio.
Um intrépido agente da autoridade achou que aquele gesto era um acto criminoso, uma vez que não é legal enveredar pelo terreno do jogo, ultrapassando as quatro linhas, a menos que se seja intérprete do jogo.
Vai daí, o intrépido agente atirou-se ao adepto, interceptando-o, no que foi auxiliado por outros agentes, igualmente intrépidos.
Jorge Jesus não gostou dessa atitude e tentou interditar a acção dos agentes de autoridade, interpusendo-se entre eles e o adepto, colocando até a sua integridade corporal em jogo – diz-se que até perdeu o relógio na refrega.
Ora, toda a gente sabe que as autoridades não gostam de ser postas em contrariedade e ficaram um pouco aturdidas com a atitude do treinador do Benfica, pelo que o acusaram de agressão e resistência.
Felizmente, Jorge Jesus tem um excelso advogado, de seu nome, Miguel Henrique, que já veio amansar os adeptos, dizendo que os incidentes “estão a ser extrapolados” – do verbo “extrapolar” («tirar uma conclusão com base em dados reduzidos ou limitados», segundo os dicionários).
E para quem acha que o advogado não foi suficientemente explicitado, ele acrescentou: que os incidentes tiveram origem “num conjunto de situações de algo que se queria como uma coisa boa – uma festa no final do jogo – e que se transformou noutra coisa menos positiva”.
É assim como quando a gente vai para uma grande jantarada e acaba a vomitar o resto da noite!
Cada treinador tem o advogado que merece…
Só para corrigir: não é “interpusendo-se” mas “interpondo-se”.
Nota: isto não é pretensiosismo, pois também tenho a minha quota de involuntários atropelos í língua. É só mesmo uma pequena colaboração num blogue que eu admiro e que já me tem proporcionado momentos bem divertidos.
Desta vez não me fiz entender: assim como o advogado do Jesus usa o termo “extrapolação” incorrectamente, também eu decidi escrever algumas palavras mal aplicadas, caso de “interpusendo-se”, “postas em contrariedade”, “suficientemente explicitado”, etc – capice?
Peço desculpa. Essa foi demasiado “sutil”.
Olá
Lembram-se quando o árbitro alemão agrediu selvaticamente o Luisão?
Temos agora nova versão… Toda a gente a comentar uma notícia ao contrário.
Parece que ninguém repara que o Jesus não quis prender ninguém.Apenas tentou evitar que a polícia invadisse o terreno de jogo.Mas como só havia um treinador e VíRIOS polícias, Jesus perdeu. E perder não é crime.O certo é que os polícias deveriam ser punidos.
É feio um polícia ser agressivo para com o filho de deus!