Javier Marias (Madrid, 1951) reuniu neste volume todos os seus contos.
Diz o próprio que “…o que aqui se oferece acabe por ser a totalidade aceite e aceitável da minha contribuição para o género. Tenho poucas dúvidas de que, a ser assim, o dito género não perderá grande coisa”.
O autor sofrerá de falsa modéstia.
Para ser sincero, os contos de Javier Marias não me entusiasmaram.
Um tradutor metido em sarilhos durante a rodagem de um filme com Elvis Presley podia ser um bom princípio para um conto. Uma mulher que lê para um fantasma, também. Uma aspirante a actriz porno í espera de conhecer o seu companheiro no filme, idem. Tudo boas ideias, mas que, depois, se perdem, penso eu, num emaranhado de frases complexas.